sábado, 16 de abril de 2011

ESCRAVOS DO DINHEIRO


Este é um artigo que eu escrevi e foi publicada nas “cartas do leitor” do Diário em 16.4.11
Em resposta, nos comentários online, um leitor enviou o interessantíssimo vídeo, cujo link eu destaco abaixo para ajudar a perceber as várias interrogações que eu coloquei no  meu artigo e ajuda a maquiavélica “sujeira” que está por trás do dinheiro.
Talvez seja preferível ler primeiro o artigo em baixo para entenderem melhor o conteudo do vídeo.

http://vimeo.com/21049802 Não deixem de ver pois ficarão esclarecidos.

 

 

Escravos do dinheiro

 Já há muito tempo, nesta mesma página, venho alertando, que o poder político é um simples gestor de recursos humanos colocado ao serviço do grande capital. A chegada do FMI a Portugal só vem clarificar isso. Vêm agora quem manda nos países, sobretudo os mais pobres? Chegam agora aqui a acenar com milhões mas, para usufruirmos desse “esmola”, impõem condições ao poder político começando no Governo e acabando na Oposição. Nesta simples análise várias questões pertinentes  se impõe. Afinal de onde vem esse dinheiro que o FMI, antes, emprestou à Grécia, Islândia, Irlanda, agora Portugal, não tarda, Espanha e tantos outros países no Mundo? Acaso têm exploração de petróleo, diamantes, ouro ou o dinheiro cai-lhes do céu? Se juntarmos, a este, o BCE e Reserva Federal, no fundo a banca, temos  todo o dinheiro que circula no Mundo. Porque será que quase todos, se não todos, os países do Mundo são devedores? Devem a quem? Certamente que não pode ser uns aos outros porque nesse caso haveria devedores e credores! Tudo isto não será demasiado complicado para um simples mortal perceber? Tudo isto não será uma grande fraude para ludibriar o simples cidadão, o principal contribuinte, para “engordar” os especuladores? Sabe-se apenas que existe crise e que nós é que temos de paga-la! Outro enigma! Se todos os países são devedores como é que alguns também contribuem financeiramente para ajudar outros ainda mais aflitos? Na verdade chega-se à conclusão que mesmo que os países devedores - aparentemente são todos- quisessem pagar as sua dívidas não haveria dinheiro no Mundo que chegasse para tal. A economia mundial entrou numa espiral de loucura e gira à volta do papel. São títulos, ações, promessas de pagamento a longo prazo, não cumpridas, especulação ao mais alto nível e no fim o que circula são os juros das dívidas que, no fundo, é o dinheiro palpável que serve perfeitamente para manter como reféns os países mais pobres, empresas e todos aqueles que foram obrigados a  recorrer ao crédito. Depois aparece o velho chavão da igualdade de direitos, social democracia, os direitos humanos, siglas que não aceitam a escravatura tal como a conhecemos mas aceitam a escravatura moderna instituída e desenvolvida pelo capitalismo. Depois desta análise, mesmo supérflua, é legítimo perguntar:  para que servirá, então, gastar dinheiro em eleições para  eleger um Governo que não vai mandar em nada porque será uma  simples marioneta obrigado a cumprir as regras dos homens do dinheiro? Será para manter a ilusão que vivemos em democracia?  A falta de visão futurista do poder político permitiram uma economia livre, gananciosa e sem regras e não tiveram arte nem engenho para legislar no sentido de limita-la tornando-se, agora, no capitalismo selvagem que os estrangula e nos escraviza a todos.

Juvenal Rodrigues

Publicado no Diário em 16.4.11

terça-feira, 5 de abril de 2011

A Televisão Digital Terrestre (TDT)




O que acontecerá após a entrada da TDT em Março de 2012?

A maioria das  pessoas, interrogam-se como será para ver televisão, após 2012, uma vez que o tradicional sinal analógico desaparecerá para dar lugar ao TDT.

Aqui ficam alguns esclarecimentos que servirão para as pessoas saberem o que terão que fazer.

O que acontecerá?
As pessoas que são servidas por operadoras como ZON cabo, Meo cabo, Clix etc. não terão que se preocupar uma vez que não serão nem afectadas nem beneficiadas, ou seja, continuarão como até aqui. Mesmo aqueles que têm apenas uma box na televisão  principal e mais uma ou duas televisões sem box (cabo ligado diretamente à TV) continuarão igual.

Quem ficará sem sinal?
Todos aqueles que estão a receber sinal analógico através das antenas tradicionais  chamadas de antenas exteriores e interiores, colocadas em cima da casa ou em cima da televisão ficarão sem poder ver televisão.

O que será preciso fazer?
As pessoas que eu mencionei atrás ou compram uma nova TV já preparada para TDT ou terão que comprar um descodificador para converter o sinal proveniente das tais antenas (exterior) em TDT.
Mas atenção! Uma televisão, muito antiga, que não tenha, pelo menos, uma entrada skart (ficha tipo retangular com 21 pinos) não servirá uma vez que não tem onde ligar a box descodificadora.

Quanto custa a box descodificadora para TDT?
Estas boxes variam conforme as funções que possuem indo desde 34.90 euros até 190 euros.
As mais caras são as que têm função de Record (gravação), HD (alta definição), Forward (avanço rápido) ou Rewind (retrocesso) .
As mais baratas (34.90€) são aquelas que servem apenas para descodificar o sinal e convertê-lo em TDT.

Espero ter contribuído para esclarecer as pessoas antes de comprarem antenas televisores ou boxes sem saberem ao certo o que estão a fazer.

A minha imformação é apenas no sentido de ajudar as pessoas, porém se alguém quiser confirmar a veracidade destas informações ligue gratis 800206665 (ANACOM)

Juvenal Rodrigues   

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A COMISSÃO DOS 7 MAGNÍFICOS



Todos os madeirenses sensatos que ainda não foram contagiados pela febre do PSD-M, mais aqueles que já se curaram,  deveriam demonstrar a sua indignação e o seu repúdio gritando bem alto a sua revolta perante esta farsa chamada Comissão de Inquérito (ou será de inquisição?) para a Comunicação Social levado a efeito por um grupo “isento” e “pluralista” composta por 7 elementos do PSD-M. Só por aqui já se pode aquilatar da seriedade política desta comissão que até ignorou documentos que poderiam contribuir para apuramento da verdade. Esta maioria comodamente instalada já trata a população como atrasadinhos mentais que não sabem distinguir entre a verdade e a farsa. Esta desfaçatez  para distorcer a verdade dos factos na tentativa de calar um órgão de informação livre como é o D. Notícias e fabricar desculpas esfarrapadas para continuar a injectar 4 milhões/ano num pasquim de propaganda política a favor do partido do Governo e seus acólitos dá-me o legítimo direito de acreditar que a Madeira aproxima-se perigosamente da ditadura pura e dura. Até aqueles que, levados por um discurso manhoso, votaram para manter este Governo já se apercebem, embora tardiamente, do logro em que caíram durante tantos anos. Começam agora a juntar 2+2 (política vs dinheiro) e questionar o desgoverno deste Governo que desbaratou rios de dinheiro oriundos da U.E, do Orçamento de Estado e das receitas próprias da RAM sendo todo esse dinheiro esbanjado até ao ponto de não haver verbas para pagar a MMC pondo em risco centenas de postos de trabalho. O dinheiro também faltou para pagar às farmácias pondo em risco os doentes diabéticos por falta de comparticipação nos medicamentos. O desemprego cresce assustadoramente de dia par dia porque a política de investimento foi um verdadeiro desastre e o calote às empresas é cada vez maior. Depois de tudo isto um Governo megalómano e em completa derrapagem política e financeira ainda quer enterrar mais dinheiro em estádios de futebol, mais 20 milhões na Marina fantasma do Lugar de Baixo e ainda converter um aterro numa Marina, contra todos os pareceres, só por teimosia e para não admitir o erro. Para aquilatar da sanidade mental deste Governo, já à muito enfermo de ideias e soluções para governar, a única resposta do Dr. Jardim, depois de 34 anos a governar a Madeira,  é subir a um palco para proferir o discurso de um político imaculado após de ter colocado a Madeira à beira da bancarrota mas afirmando sempre que tudo isto é culpa do Sócrates que, por ironia do destino, após o 20 de Fevereiro (cheirava a dinheiro fresco) era um grande amigo dele. Haja honestidade e decência política porque os pacíficos e tolerantes madeirenses já estão fartos e aquela revolução que o Dr. Jardim preconiza (ou incentiva?) para Portugal pode começar pela Madeira.

Juvenal Rodrigues

Publicado nas “Cartas do Leitor em 4.4.11

AS MEDIDAS DO FMI



Introdução.
Recebi este e-mail e desconheço a sua origem mas estou a lança-lo no meu blogue  porque no momento que o país atravessa, com o vem não vem do FMI, talvez seja útil a população tomar conhecimento, em parte ou totalmente, do que poderão vir a ser as medidas deste organismo. Não sei se a informação é totalmente correta porém o que está escrito faz todo o sentido e vale a pena ler para ver a quem interessa, ou não, a vindo do FMI para portugal
Leiam-nas e tirem as suas ilações

O QUE PARECE INEVITÁVEL PODERÁ NÃO O SER.
BASTA QUERER MUDAR A ATITUDE....
A OPÇÃO É NOSSA............
PORTUGAL AINDA É MEU !!!!

Na Grécia, o FMI deu nisto. Com as devidas proporções preparem-se para o que nos vai sair na rifa.

Sector Público

·                   Corte do subsídio de férias e natal para todos os empregados públicos que ganhem mais de 3000€/mês brutos. Quem ganhar menos de 3000€ vai receber 250€ pela Páscoa, 250€ no Verão e 500€ no Natal;
·                   Reduzir os subsídios de 8 a 20% no sector público estado e 3% nas empresas públicas
·                   Uniformizar todos os salários pagos pelo estado;
·                   Congelar todos os salários do sector público até 2014.

Sector Privado

·                   Chegou-se a um acordo colectivo, assinado em 15 de Julho, pelo qual os empregados do sector privado na Grécia continuam a receber o seu salário anual em 14 pagamentos (chegou a ser sugerido passar para 12 pagamentos). Não houve aumentos em 2010 e prevê-se aumentos de 1.5 a 1.7% para 2011 e 2012 - muito abaixo da inflação actual que ronda os 5.6%.
·                   Imposição de um imposto aplicado uma única vez às empresas que tenham tido mais de 100 000€ de lucro em 2009:
·                          100 000 a 300 000: 4%;
·                          300 001 a 1 000 000: 6%;
·                          1 000 001 a 5 000 000: 8%;
·                          Mais de 5 000 000: 10%.
·                   Alargar os limites pelos quais os empregadores podem despedir funcionários:
·                          Empresas com até 20 empregados: sem limite;
·                          Empresas com um número de empregados entre 20 e 150: até 6 despedimentos por mês;
·                          Empresas com mais de 150 empregados: até 5% dos efectivos ou 30 despedimentos por mês.
·                   Redução das indemnizações por despedimento, que também poderão ser pagas bimensalmente;
·                   Pessoas jovens, com menos de 21 anos podem ser contratadas durante um ano recebendo 80% do salário mínimo (592€). O pagamento da segurança social também será apenas de 80% e findo o ano de contrato têm direito a ingressar nos centros de emprego;
·                   Pessoas com idades entre os 15 e os 18 anos podem ser contratadas por 70% do salário mínimo, o que dá 518€;
·                   Os empregados considerados redundantes não podem contestar o despedimento a menos que o empregador concorde;
·                   Empregados pela primeira vez, com menos de 25 anos, podem ser pagos abaixo do salário mínimo;
·                   Pessoas que auto empregadas com OAEE (sistema de seguro para empresários em nome individual), que por qualquer motivo não tenham trabalho, são cobertos pelo seguro durante até dois anos desde que:
·                          Tenham trabalhado um mínimo de 600 dias, mais 120 por cada dia acima dos 30 anos até terem chegado aos 4500 dias ou 15 anos de trabalho;
·                          Não estejam segurados por um seguro do sector público.
·                   Liberalização das profissões ou sectores fechados (são aquelas profissões ou sectores que necessitam de autorizações do estado ou que estão altamente reguladas, tais como notários, farmácias, cirurgiões, etc). Esta medida não foi implementada dado que há processos a decorrer no Tribunal Europeio;
·                   Cancelar o segundo pagamento de pagamentos de solidariedade (NT: não sei muito bem a que se referem estes pagamentos.);
·                   Aumentar as contribuições para a segurança social em 3%, tanto para empregados como empregadores.

Pensões/Reformas

Notar que a reforma do sistema de pensões já tinha sido discutida muito antes da entrada do FMI, mas nunca tinha sido implementada. A grécia tem uma percentagem desproporcionada de população idosa, cerca de 2.6 milhões e uma população activa na ordem dos 4.4 milhões, isto para uma população total de 11.2 milhões. Isto obriga o estado a contrair empréstimos para puder efectuar os pagamentos mensais.
A 8 de Julho aprovou um conjunto de princípios depois de terem sido efectuadas mais de 50 emendas à lei. As medidas mais importantes foram:
·                   Cortar os subsídios de férias e natal para todos os pensionistas que recebam mais de 2 500€/mês brutos. Aqueles que ganhem menos de 2500€ vão receber 200€ pela Páscoa, 200€ pelo Verão e 400€ no Natal;
·                   Cortar os subsídios de férias e natal para todos os pensionistas com menos de 60 anos, excepto para aqueles que tenham o número mínimo de anos de contribuição, tenham menos dependentes ou estudantes com menos de 24 anos a viver na mesma casa;
·                   Todas as pensões congeladas até 2013;
·                   Calculo das pensões tendo em conta toda a carreira contributiva. Vai estar em vigor um sistema de transição até 2015;
·                   Passagem da idade de reforma no sector público e privado para os 65 anos;
·                   Ajustes da idade de reforma tendo em conta a esperança média de vida a partir de 2020;
·                   As pessoas podem-se reformar a partir dos 60 anos com penalizações de 6% por cada anos, ou aos 65 anos com pensão completa depois de 40 anos de serviço. A partir de 2015 ninguém abaixo dos 60 se poderá reformar;
·                   Os trabalhadores que tenham trabalhos de desgaste rápido podem reformar-se a partir dos 58 anos (antes era 55) a partir de 2011;
·                   Desconto para um fundo de solidariedade social (LAFKA), a ser feito pelos pensionistas que ganhem mais de 1400€, a partir de 1 de Agosto de 2010:
·                          1401 a 1700: 3%;
·                          1701 a 2300: 5%;
·                          2301 a 2900: 7%;
·                          2901 a 3200: 8%;
·                          3201 a 3500: 9%;
·                          Mais de 3500: 10%.
·                   Aumento da idade de reforma para mães trabalhadoras:
·                          No sector privado: para 55 (era 50) em 2011, 60 em 2012 e 65 em 2013;
·                          No sector público: para 53 em 2011, 56 em 2012, 59 em 2013, 62 em 2014 e 65 em 2015;
·                          Com três filhos: 50 em 2011, 55 em 2012 e 60 em 2013.
·                   Retirada da pensão aos ex-empregados públicos que sejam apanhados a trabalhar e tenham menos de 55 anos; Corte em 70% se tiverem mais de 55 anos e se a pensão for mais de 850€/mês. A partir de 2011;
·                   Limitar a transferência de pensão de pais apra filhos segundo critérios de idade e rendimento, o que inclui o pagamento de 26 000 a filhas divorciadas ou solteiras de empregados bancários e empregados públicos. Se os filhos podem receber duas destas transferências, apenas receberão uma delas, a maior, a partir de 2011;
·                   A pensão completa pode ser transferida para viúvas(os) se a data da morte ocorreu após cinco anos de casamento e o cônjuge vivo tem mais de 50 anos e se certos parâmetros de rendimentos são cumpridos. No entanto, durante os primeiros três anos após a morte os pagamentos serão retidos;
·                   Estabelecimento de uma pensão mínima garantida de 360€;
·                   As pensões não devem exceder 65% do rendimento auferido enquanto se trabalhava (anteriormente este número podia chegar aos 96% baseado nos últimos anos de trabalho e nos mais bem pagos);
·                   Os que não pagaram segurança social podem receber a pensão mínima desde que tenham mais de 65 anos, não tenham rendimentos e que vivam há mais de 15 anos na Grécia;
·                   Fusão dos 13 fundos de pensão Gregos até 2018. Os fundos dos trabalhadores por conta de outrem, agricultores, empresários em nome individual e trabalhadores do sector público, serão integrados na segurança social até 2013;
·                   Reduzir o número de fundos que servem os advogados, engenheiros, jornalistas e médicos;
·                   Reforma completa das condições de reforma dos militares e forças de segurança o que inclui aumentar a idade de reforma e a remoção de bónus especiais;

Impostos

·                   IVA: todas as taxas de IVA foram aumentadas 10%: 5 para 5.5%, 10% para 11% e 21 pra 23%;
·                   Imposto sobre tabaco, bebidas alcoólicas e combustíveis: imposto adicional de 10%;
·                   Imposto em automóveis de luxo (novos e usados): 10 a 40% baseado no valor em novo e no valor de mercado;
·                   Publicidade na TV: toda a publicidade na TV está sujeita a um imposto de 20% a partir de 2013;
·                   Imposto especial de 1% para aqueles que tenham um rendimento líquido de 100 000€ ou mais.