quarta-feira, 4 de maio de 2011

PROPONHO!!!




PROPONHO!  
 Estou convicto, não tarda muito, a actual sociedade terá que mudar radicalmente de comportamento sob pena de haver um colapso social a nível mundial. Não desejo nem incentivo a que isso aconteça e acho mesmo que deve ser evitado a todo o custo sob pena de serem sempre os mais fracos os mais prejudicados. Se não forem adoptadas mudanças profundas na sociedade temo que nem governos nem forças da ordem terão hipótese de controlar uma situação que, a cada dia, se torna mais explosiva. Assim proponho que comecemos já a corrigir o que até um cego vê que está mal e que, agora ou tarde, terá que ser. Se já é um certeza que a velha Europa está a desintegrar-se, ou os governos aplicam medidas radicais e profundas, ou será o colapso social total porque isto chegou a um estado de degradação tal que,  para grandes males grandes remédios.
Comecem por pôr fim á economia livre, selvagem e sem regras que estrangula os países e os povos. Imponham um limite ás grandes fortunas sendo todos os lucros acima desse limite taxados a 100%,  taxas essas que reverteriam  para um fundo de desenvolvimento dos países subdesenvolvidos evitando assim o êxodo populacional, em alta escala, como já se verifica. Não, não são medidas comunistas mas realistas. Falo em desenvolvimento e emprego e não em subsidiar quem pode e não trabalha. Impor tectos salariais para os gestores sejam eles públicos ou privados. Concordo que um gestor, ou outro, por ter investido na sua formação, deveria ganhar, por ex.,10 vezes mais que o salário mínimo porém, em caso de empresas que apresentassem défice  seriam penalizados do mesmo modo em que hoje, paradoxalmente, são premiados por uma  produção negativa. 
O vencimento do P. da R. seria equiparado ao de um gestor público na medida em que a sua função é apenas acompanhar e opinar sobre a governação do executivo.
Um 1º Ministro auferiria 12 vezes o salário mínimo visto que a sua função é gerir o pais e todos os sectores da economia. Reparem que não estou a defender hierarquias, como agora acontece, mas premiar quem mais trabalha. Os ministros aufeririam um vencimento 10 vezes o salário mínimo e seriam responsabilizados por gestão danosa. A contração de empréstimos, pelo país, seria controlada por um tribunal de contas com poder de decisão e não meramente opinativo.
Além da redução do número de deputados, (2 por concelho) tanto da A R como das regionais, estes aufeririam 5 vezes mais do que o estabelecido para o salário mínimo sendo-lhe descontado 1/3 para o funcionamento das respectivas assembleias. Tomo por base o salário mínimo porque assim, quando os deputados produzissem legislação, teriam em conta que quanto mais aumentassem o trabalhador comum mais ganhariam eles próprios assim como os membros do Governo e assim...

Proponho ! (2ª parte)
... circularia mais dinheiro na economia do país. Perguntar-me-ão; com vencimentos tão baixos(em relação ao actual) quem quereria candidatar-se a deputado? Ai é que iríamos ver quem, na verdade, teria interesse em servir o pais, motivando, apenas, aqueles que estivessem interessados em servir a causa pública e não os que pretendem bons ordenados luxos e mordomias, no fundo, enriquecer à custa da política! Acabariam subsídios camuflados para os deputados instituindo apenas 700€ para aluguer de apartamento (a exemplo doutros  deputados europeus)  para aqueles que vivessem a mais de 100 km afastados das respectivas assembleias legislativas e com 3 viagens anuais, Natal, Páscoa e férias de Verão. Se quisessem viajar mais pagariam do seu próprio bolso como fazem as pessoas que votam neles. As declarações de rendimentos, antes e depois dos mandatos, seriam fiscalizados por entidade independente, assim como os sinais exteriores de riqueza para público e privado. Estas medidas, no fundo, iriam ainda, castrar as vergonhosas lutas e atropelos, dentro dos próprios partidos, pelos lugares cimeiros das listas sempre que há eleições, acabando por prestar um mau serviço à população que os elege.
Dir-me-ão:  mas assim acabaria o interesse dos partidos para concorrer a eleições! O eventual desinteresse dos partidos seria colmatada por uma “bolsa” de cidadãos sem registo de cadastro criminal e possuíssem, no mínimo o 9º ano de escolaridade (os doutores é que puseram o mundo no estado em que está). Outra moralização imperiosa seria um tecto salarial para toda a classe de desportistas, sem excepção que, escandalosamente, ganham rios de dinheiro para não produziram coisa nenhuma e apenas alimentam a industria do entretenimento. A população diverte-se na mesma com coisas mais baratas! Esse dinheiro seria canalizado para as instituições publicas ou privadas que contribuíssem para a investigação científica, saúde e bem estar do ser humano.    
Estou a propor é um novo modelo de sociedade? Estou, porque este já deu o que tinha a dar e até o segundo homem mais rico de Portugal já reconheceu que este modelo de economia está esgotado. Irá esbarrar em muitos obstáculos? Sim, irá encontrar um grande obstáculo nos gananciosos, nos especuladores e nos corruptos! É possível mudar? Sim, se houver vontade política, começando pela Constituição e, sobretudo, popular porque os interesseiros estão em minoria em relação a toda um população enganada, logo, esta tem mais força! Pelo andar da carroça cheira-me que os portugueses, de lá e de cá,  irão demonstrar esse querer, através dos votos nulos e brancos, já nas próximas eleições. A velha Europa tem moral para dar o exemplo iniciando a mudança e se não fizer outros o farão hoje ou amanhã.
Juvenal Rodrigues