terça-feira, 29 de setembro de 2015

PARA MEDITAR Antes das eleições de 04 de outubro 2015.

Uma analogia entre o tempo que Cristo passou pelo Mundo e a atualidade.          Dá que pensar!

Cruzei-me há pouco com um colega na rua e parámos a comentar os recentes acontecimentos. Dizia-me ele que já não acreditava em qualquer solução democrática.
Perante essa desilusão, perguntei-lhe porquê e a resposta deixou-me a meditar:

-Porque a primeira consulta democrática de que há memória 

foi a de Pôncio Pilatos ao povo: "quem quereis que solte, 

Cristo ou Barrabás?" E o povo escolheu o ladrão...   


quinta-feira, 3 de setembro de 2015

RESENHA DA GOVERNAÇÃO EM PORTUGAL



Resenha da Governação em Portugal

Voltam as promessas mas quem não cumpriu antes dificilmente as cumprirá nos próximos 4 anos

 
Juvenal Rodrigues
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No advento das próximas eleições começa o “campeonato” das promessas, das mentiras,e das acusações aos antecessores. Numa breve retrospetiva, verifica-se que apenas 2 partidos, PSD e PS governaram, constitucionalmente, o país. Não refiro, propositadamente o CDS que, com apenas 6 ou 7 % dos votos, ainda não se extinguiu devido ao oportunismo de Paulo Portas que, com a sua irrevogável demissão, chegou a Vice 1º Ministro. Embora sucintamente será útil desmistificar as acusações fazendo uma analogia entre os dois únicos partidos do arco do poder que governaram desde 1976. Mário Soares governou 2 anos, desde Julho de 76 a Agosto de 1978. Caiu devido à grande instabilidade sócio-económica da altura, num período ainda quente do pós revolução. Teve o mérito de evitar que se instalasse no pais uma outra ditadura, desta vez de extrema esquerda. Desde Agosto 78 a Dezembro de 80 passaram pelo Governo figuras como Alfredo Costa Nobre, Mota Pinto e Maria Lurdes Pintassilgo (independentes. De Janeiro a Dezembro de 1980 Sá Carneiro governou alicerçado na Aliança Democrática PSD/CDS. Num ano pouco ou nada fez já que pereceu num triste acidente aéreo quando fazia campanha eleitoral para a próxima legislatura. Seguiu-se Diogo F. do Amaral de dezembro de 80 a janeiro de 81 e Pinto Balsemão (AD) desde então até junho de 1983 mas o país manteve-se no impasse. Volta Mário Soares(PS) de 1983 a 1985 e num período de grandes carências financeiras e instabilidade política teve uma governação periclitante mas com o mérito de encetar negociações e preparar a adesão ao euro. Segue-se Cavaco Silva (PSD) desde novembro de 1985 a 1995. 10 anos a beneficiar de estabilidade política e de uma maioria absoluta, porém sentou-se comodamente na cadeira do poder, ( como ainda hoje faz) limitou-se a dar continuidade à adesão ao euro, esqueceu as regiões autónomas o que lhe valeu ser, sarcasticamente, apelidado de “Sr Silva” pelo Dr. Jardim que desejava mais dinheiro para esbanjar. António Guterres (PS) foi o Governo que se seguiu durante 7 anos, desde Outubro de 1985 a Abril de 2002, onde granjeou a simpatia de muitos madeirenses por ter pago a dívida da Madeira, até hoje não sei se mal se bem mas sei que nenhum governo PSD fez melhor pela região. Durão Barroso(PSD) ocupou a Cadeira durante 2 anos, Abril de 2002 a Julho de 2004 mas com grande sentido de oportunidade “fugiu” para Bruxelas deixando Portugal de tanga como ele já nessa altura afirmava. Seguiu-se Santana Lopes, Julho 2004 a Março 2005 numa tentativa desesperada que o PSD encontrou para tapar um buraco mas foi tão mau o remendo que o Pr. da República viu-se obrigado a demiti-lo já que o país estava a perder a tanga e a ficar nu. José Sócrates (PS)governou durante 6 anos, Março 2005 a Junho 2011, pegou num país com um défice de 93% do seu PIB. É verdade que tal como o Dr. Jardim, enveredou por megalomanias que a fragilidade económica de um país pobre, não podia suportar. Ficarão sempre as dúvidas pela não aprovação do PEC 4. Teve muito de positivo (negócios à parte) já que colocou Portugal na vanguarda das novas tecnologias e fez muito pela Madeira aquando da grande catástrofe de 2010 vindo à região (mais uma vez o PS)estabelecer a “lei de meios” que permitiu reconstruir muito do que foi destruído pela intempérie de 2010. Finalmente a célebre dupla P.Coelho/P.Portas tomam as rédeas do país desde Junho de 2011, até então, intitulando-se os salvadores da pátria mas apesar de uma brutal carga de impostos, cortes nas pensões e grande austeridade ainda aumentam o défice para 130% do PIB, aumentam o desemprego e a emigração.“Obviamente” a culpa é do Governo anterior e assim o 1º Ministro tenta, manhosamente, incutir medo aos eleitores dizendo que se não for ele e o seu Vice (imagine-se) Portugal afunda-se. Feito o balanço conclui-se que em 36 anos de governos constitucionais, o PSD governou 19 e o PS, 17. Com eleições ao virar da esquina voltam as promessas mas quem não cumpriu antes dificilmente as cumprirá nos próximos 4 anos. Ao povo compete não se deixar enganar com demagogias, façam uma retrospetiva à governação e votem... no menos mau.