O Mundo está entrando numa espiral de contagiosa e irreversível loucura. Acreditei na Democracia enquanto não vi a sua face oculta onde prevalece a ganância, os interesses, a corrupção e a hipocrisia que ignora o ser em detrimento do ter. - O capitalismo selvagem sobrepôs-se definitivamente ao poder político já moribundo. Por sua vez os políticos entraram em paranóia e as consequências estão bem à vista: uma crise do tamanho do Mundo. As declarações do ex-Primeiro Ministro, José Socrates, segundo a C. Social, que afirmava que as dívidas dos países não são para serem pagas, mas geridas, escandalizou os inocentes e cândidos político português, porém tais declarações não são mais do que uma constatação dos factos embora politicamente incorretas, quando proferidas. Então Portugal começou a endividar-se após a revolução de 25 de abril e desde então a dívida sempre tem sido gerida mas nunca totalmente paga! Aliás a economia dos países gira em torno dos juros que a dívida cria. Será ingenuidade, ignorância ou hipocrisia política? O que temos é uma geração de políticos incapazes gerir a dívida, quiçá gerir a própria casa, mas querem governar um país. Por outro lado a justiça é lenta e permissiva protegendo apenas os ricos que têm dinheiro para pagar advogados de renome o que contribui para o caos político. Os pobres sentem-se humilhados e injustiçados porque não têm dinheiro sequer para pagar os custos da burocrática máquina da justiça que se arrasta penosamente no tempo enleada na teia dos artigos e alíneas que o legislador criou. O segmento social de pedintes cresce como cogumelos em dia de chuva. A organização dos Direitos Humanos está a revelar-se uma imensa farsa quando se ergue, de dedo em riste, para defender os malfeitores e ignora o sofrimento das vítimas só porque é bonito ser tolerante aos olhos da sociedade. E não me digam que é preciso haver tolerância para com os criminosos da sociedade porque estes não têm piedade das suas vítimas. A legislação caiu num profundo contra-senso quando por um lado castiga pesadamente quem foge aos impostos mas, por outro lado, cria os chamados “paraísos fiscais” para permitir a fuga ao fisco. A violência doméstica cresce a olhos vistos porque em vez de ações de pedagogia familiar criam-se leis que vão fomentar ainda mais ódio entre os casais permitindo violência redobrada após uma queixa na PSP ou sentença, com a consequente e nefasta marginalização das crianças. Os filhos já não respeitam os pais nem os professores porque se lhes incutiu na mente que eles é que têm todos os direitos enquanto os pais e os professores, que os educam, têm apenas o dever de alimenta-los e ensina-los. Se isto não é efetivamente uma espiral de loucura, então alguém de bom senso, explique o que é.
Para os trabalhadores do DIÁRIO e todos os seus leitores um feliz Natal e que em 2012 Cristo venha de novo à terra renovar a esperança num mundo melhor.
Juvenal Rodrigues
Publicado no Diário Notícias Madeira em 18.12.11
Sem comentários:
Enviar um comentário