Ironicamente é um Governo PSD, na Republica, que castiga atrozmente o Dr. Jardim. Alguns, de memória curta, vêem nestas medidas uma vingança de Lisboa contra a Madeira e os madeirenses. Eu considero é que, após tantos anos, houve quem colocasse um freio aos devaneios boçais e materiais com que o dr. Jardim tratou a República, o seu próprio partido e até aqueles madeirenses que se lhe oponham. Afinal o Sócrates e os governos socialistas eram uns “anjinhos” comparado com Passos Coelho e P.Portas. Agora que secou a torneira do dinheiro acabou-se toda aquela prosápia do U.I que parece um cordeirinho obediente. Como não devem estar agora os incondicionais votantes em A J Jardim, todos estes anos, ao se apercebam finalmente que o seu grande líder era afinal um deus de barro e que as ameaças veladas a Lisboa e a defesa da Madeira era apenas garganta para ganhar eleições mostrando uma força que sabia não ter. Caiu num descrédito total sem força negocial, reivindicativa ou anímica e hipotecou a própria autonomia. Numa semana afirma que não vai aumentar o IVA, não vai introduzir as taxas moderadoras, não vai haver portagens, não vai haver cortes nem despedimentos na função pública, afirma ter condicionado P.Coelho nas negociações para o CINIM para logo na semana seguinte levar um “puxão de orelhas” e ser categoricamente desmentido pelo 1º Ministro. De “super Governo” passou a um simples governante que não sabe fazer nada com pouco dinheiro.
O Dr. Jardim nunca pensou que os acontecimentos se precipitassem, tão rapidamente, que a dívida que ele queria deixar para as próximas gerações ainda o apanhasse. Teimosamente não se coíbe de aprovar um “jackpot” de 14 milhões para a ALM em tempo de profunda austeridade e onde cada deputado vale 6 vezes mais que os seus congéneres açoreanos. Para que serve e para onde vai todo aquele dinheiro? Não abdica de 4 milhões para o J.M. quando tem o sistema de saúde em risco e quase 19.000 desempregados porque os calotes do Governo estão a levar as empresas à falência. E os devaneios continuam. Coloca a Madeira ao nível de uma “república das bananas” quando eleva a democracia ao expoente máximo propondo que um só deputado da maioria decida pelos outros 24. Afinal só vem confirmar que os outros não estão ali a fazer nada e apenas servem para levantar o braço. Defende acerrimamente os subsídios para o futebol profissional porque não conheço nenhum presidente de clube que não tenha um elo ao partido “laranja. Também, a tristemente famosa JSD-M já aprendeu com os mais velhos como ganhar votos, agora defendem a solidariedade social para matar a fome à legião de pedintes madeirenses que os seniores do seu partido criaram. Agora que a região está na bancarrota parece que jardim, antes de deixar a cadeira e não satisfeito com o mal que já fez, prepara a golpada final erguendo mais uma vez o fantasma da independência para nos deixar nas mãos dos“senhorios” que ele criou. Sr. Presidente inequivocamente você é o elo mais fraco, ADEUS.
Juvenal Rodrigues Publicado no D.Noticias Funchal em 27.12.11
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