Passados trinta e tal anos a máquina montada pelo PSD-M,
embora já muito perra, continua a funcionar com a mesma avidez por votos e
domínio absoluto qual regime ditatorial de Saddam, Kadafi, Kim Jong-Il e outros
ditadores da história que se quiseram perpetuar no poder à custa de processos
sujos semeando sofrimento, morte e destruição. A marcação do congresso
antecipado imposta pelo líder do PSD-M, o homem que sempre impôs a sua vontade
dentro e fora do partido, é mais uma prova inequívoca dos métodos pouco
transparentes que sempre têm imperado dentro daquele partido. Agora com uma
particularidade, a máquina está a funcionar contra o dr. Miguel Albuquerque o
único militante, em todos estes anos, que se atreveu a fazer-lhe frente. Esta é
a mesma máquina infernal que tentou destruir toda a oposição retirando-lhe
meios iguais para se apresentarem a eleições. Que controlou os deputados psd na
ALM restringindo-lhes a vontade própria. Aquela que esbanjou fortunas em obras
necessárias e desnecessárias para “comprar” votos levando a Madeira ao estado
calamitoso em que se encontra. A máquina cuja poeira do moer da prepotência e
arrogância cegou a maioria dos madeirenses não lhe permitindo ver a grande
fraude que foi a governação do dr. Jardim e seus acólitos e os perpetuou no
poder com consequências nefastas
evidentes. A máquina que acabou por empenhar a nossa autonomia política e
financeiramente. Foi ainda essa máquina em forma de polvo que estendeu os seus
tentáculos ao modelo desportivo, as casas do povo, as juntas de freguesia e até à igreja católica que deveria primar
pela isenção partidária mas não resistiram à tentação do dinheiro fácil através
de chorudos subsídios que agora temos que pagar. Enfim é essa mesma máquina que
começa agora a emperrar por falta do óleo da democracia que se manifesta
através do pluralismo, da tolerância, da inverdade, do pensamento único e da
não prepotência. Que todos os madeirenses façam VOTOS para que esta maldita
máquina, que em breve se auto destruirá, não volte a empoeirar os céus da nossa
querida terra a bem da verdade e da
transparência democrática.
Juvenal Rodrigues
Publicado em “cartas do leitor” do
DN Funchal em 30.08.12
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