Sinto-me duplamente satisfeito pela vitória (2-1) de Portugal sobre o México, no dia 2 de Julho 2017, na Taça das Confederações. Primeiro porque a nossa Seleção alcançou, com muito brio, um honroso 3.º lugar e segundo porque serviu para mostrar aos portugueses e ao Mundo que a nossa Seleção não é só o Cristiano Ronaldo e que mesmo quando ele não joga também ganhamos jogos, títulos e até jogamos bem. No Campeonato Europeu de 2016,em França, Portugal foi o vencedor com um golo de Eder aos 104 minutos, mesmo sem o Ronaldo que se havia lesionado aos 25 minutos de jogo. Ironia do destino, na Taça das Confederações um golo de Adrien Silva aos 104 de jogo dá um honroso 3.º lugar a Portugal, quando Ronaldo nem estava entre os selecionados. Não quero, nem posso tirar o mérito ao grande jogador que é C.R., quero apenas lembrar ao mundo que não há insubstituíveis e os ídolos e heróis na área do entretenimento, qualquer que seja, são fabricados pela comunicação social, que sabem bem como explorar e exacerbar paixões e fanatismo para venderem notícias. Que existe homens e mulheres acima da média isso é inegável mas isso há-os em todos os quadrantes da sociedade, quiçá na área da ciência e tecnologia, muito mais úteis que o desporto. Porém quando estas figuras (desportistas) são idolatradas é apenas o marketing a funcionar porque... “quanto mais caro melhor” e quando se mistura milhões com paixões o resultado é explosivo mas altamente lucrativo. Uma simples conclusão: quantas figuras anónimas, por exemplo na área da saúde, trabalham arduamente descobrindo medicamentos para as nossas maleitas e na área tecnológica nos dão conforto e bem-estar? Alguém conhece alguma dessas figuras? Conhecem algum que ganhe milhões? Esses sim, para mim, são heróis!
Juvenal Rodrigues
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