Doce ou tenebroso
romance?
Diz o Povo e tem razão; há razões que a razão desconhece! Os
antigos e recentes episódios protagonizados pelo controverso deputado Jaime
Ramos, é a prova dos nove de tal provérbio. Quando meio partido do PSD-M foi
marginalizado pelo chefe por ter optado por Miguel Albuquerque. Quando os
militantes são perseguidos e ameaçados pelo mesmo “pecado”. Quando Costa Neves
é expulso por manifestar a sua opinião, fosse como militante, simples cidadão
ou na qualidade de vereador da CMF, porque será que nada acontece a Jaime Ramos
que tem deixado o partido com uma péssima imagem na praça pública pelos seus
intragáveis arrufos de mau humor, falta de educação e duvidosa qualidade
política? Como consegue este senhor passar incólume aos castigos (nem uma
simples repreensão) do todo-poderoso líder do partido, que nunca demonstrou a
mínima coragem para aplicar os mesmos corretivos que aplica aos outros? Este senhor deputado que pelos seus atos e
palavras se manifesta indigno de ocupar uma cadeira de uma instituição
democrática como seria suposto ser a ALM e que tem produzido, a par de Jardim,
uma péssima imagem da Madeira como se pode dar ao luxo de até dirigir os mais
significativos impropérios ao vice presidente da Assembleia e colega de partido
e não lhe ser instaurado, também a ele, um processo disciplinar? Onde está o
presidente da Assembleia que, por menos, usou a sua douta autoridade para
mandou retirar do hemiciclo o deputado Coelho? Certamente não é pelos seus
valores intelectuais, académicos, políticos ou democráticos do sr J.Ramos! Como
diz o povo entre aqueles dois parece haver “rabos de palha”. Jardim acovarda-se
politicamente perante um só homem quando já desafiou a madeira inteira, ameaçou fazer uma guerra enviando as nossas canoas
contra a armada portuguesa e até,
espalhafatosamente, desafiou a U.E. Embora fosse apenas para inglês ver a
verdade é que pretendeu dar um sinal de autoridade que, como se vê, nunca teve.
Parece que um tenebroso ou doce romance envolve aqueles dois personagens que
assinaram um estranho pacto de não agressão. Já oiço zurzir nos meus ouvidos
que não tenho nada a ver com isso. É verdade mas que faz desconfiar isso faz e
não só a mim! A população já se vai habituando a surpresas que cada vez se
tornam mais frequentes e prometem futuramente muitos mais episódios. Apenas
espero que os pacíficos madeirenses aprendam a lição e votem em pessoas dignas
para representa-los e para governar a nossa terra.
Juvenal Rodrigues
Publicado no DN Funchal em 01.02.13 nas "cartas do leitor"
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