quarta-feira, 28 de agosto de 2013

GOLDMAN SACHS - O BANCO QUE DIRIGE O MUNDO / La Banque qui Dirige le M

Sabem o que é o banco americano Goldman Sachs?

Se existem matérias, as quais nós não conseguimos dominar esta é, uma das que justifica muito cuidado na sua divulgação. Porque não tenho bases para confirmar ou desmentir mas, como há gente que sabe destas coisas!.. Aqui vai para a ajuda das vossas conclusões.
Faço minhas estas palavras tal como as de quem me enviou esta mensagem.


 

GOLDMAN SACHS - O BANCO QUE DIRIGE O MUNDO / La Banque qui Dirige le Monde (2012)

"O Banco de investimento criado em Nova Iorque em 1868 conseguiu o seu sucesso e a sua reputação à base do silêncio a toda a prova. Goldman Sachs foi a instituição bancária que correu mundo a trabalhar em segredo. Mas hoje Goldman Sachs é acusada de ter ajudado os países como a Grécia a encobrir o seu déficit.
Um documentário que nos leva de Nova Iorque a Atenas, com paragens em Londres, Paris e Bruxelas."
"Tudo que o homem não conhece não existe para ele. Por isso o mundo tem, para cada um, o tamanho que abrange o seu conhecimento."
(Carlos Bernardo González Pecotche)
"Um povo ignorante é um instrumento cego da sua própria destruição."
(Simón Bolivar)

ESCOL A INFORMADA

Sabem o que é o banco americano Goldman Sachs?

Se existem matérias, as quais nós não conseguimos dominar esta é, uma das que justifica muito cuidado na sua divulgação. Porque não tenho bases para confirmar ou desmentir mas, como há gente que sabe destas coisas!.. Aqui vai para a ajuda das vossas conclusões.

EURO, qual EURO. Crise…

 Sabem quem é Papademos Lucas (atual líder grego após, a renúncia de Papandreou)
Sabem quem é Mariano Monti (agora à frente do governo italiano)?
Sabem quem é Mário Draghi (atual presidente do Banco Central Europeu)?
Sabem o que é  Goldman Sachs?

Goldman Sachs: É um dos maiores bancos de investimento mundial e co-responsável direto, de outras entidades (como a agência de notação financeira Moody?s), pela atual crise e um dos maiores beneficiários. Como exemplo, em 2007, a G.S. ganhou 4 biliões de dólares em transações que resultaram diretamente do atual desastre da economia do E.U.A. que, ainda não recuperaram das percas infligidas pelo setor especulativo e financeiro dos E.U.A.
O atual primeiro ministro grego, na sequência da demissão de Papandreou, Papademos Lucas, até nem foi eleito pelo povo foi:
·         Ex-governador do Federal Reserv Bank de Boston, entre 1993 e 1994;
·         Vice-Presidente do Banco Central Europeu entre 2002  e 2010;
·         Membro da Comissão Trilateral desde 1998, lobby neo-liberal fundado por Rockefeller, (dedicam-se a comprar políticos em troca de subornos);
·         Ex-Governador do Banco Central da Grécia entre 1994 e 2002. Falseou as contas do défice público do país, com o apoio activo da Goldman Sachs, o que levou, em grande parte à atual situação do país.
O atual primeiro ministro da Itália após, a renúncia de Berlusconi, atenção este eleito pelo povo. Mariano Monti nem foi eleito pelo povo foi:
·         O ex-diretor europeu da Comissão Trilateral mencionada acima;
·         Ex-membro da equipe diretiva do grupo Bilderberg;
·         Conselheiro do  Goldman Sachs, durante o período em que esta ajudou a esconder o défice orçamental grego.

O atual presidente do Banco Central Europeu Mário Draghi, para substituir Jean-Claude Trichet, foi;
·         O ex-diretor executivo do Banco Mundial entre 1985 a 1990;
·         Vice-Presidente para a Europa da Goldman Sachs de 2002 a 2006, período durante o qual ocorreu a falsificação do défice orçamental grego.

Vejam tantas pessoas que trabalhavam para a Goldman Sachs…

Bem, que coincidência, todos do lado da Goldman Sachs. Aqueles que criaram a crise são agora são apresentados como a única opção viável para sair dela, no que a imprensa americana está começando a chamar de “O governo  Goldman Sachs na Europa”.

Como é que eles fizeram?

 Eu explico:

Encorajaram Investidores a investir em produtos secundários que sabiam ser “lixo”. Ao mesmo tempo dedicaram-se a apostar em bolsa o seu fracasso. Isto é apenas a ponta do iceberg e, segundo a fonte está documentado, podem investigar. Agora, entretanto estão esperando na base da especulação informação sobre a dívida soberana italiana e espanhola.
Tende-se a querer-nos fazer pensar que a crise foi uma espécie de deslizamento, mas a realidade sugere que por trás dela há uma vontade perfeitamente orquestrada de tomar o poder direto do nosso continente, num movimento sem precedentes na Europa do século XXI.
Ramiro Viegas
Páginas……………………………         1
Palavras…………………………..    530
Caracteres (sem espaços).. 2.731
Caracteres(ind. espaços)... 3.238
Parágrafos……………………….      28
Linhas………………….............      57
Data: 07-03-2012 19:23
redaccao@avozdomar.publ.pt
 




 

 
 










ESCOL A INFORMADA

Sabem o que é o banco americano Goldman Sachs?

A estratégia dos grandes bancos de investimento a agências de rating é, uma variante de outras realizadas anteriormente noutros continentes que, têm vindo a desenvolver-se desde o início da “CRISE” e é, do meu ponto de vista, como se segue:

1.       Afundar o país mediante especulação na bolsa de valores / mercado. Pomo-los loucos com medo do que dirão os mercados, que nós controlamos dia a dia;
2.       Forçá-los a pedir dinheiro emprestado para, manter o Status-Quo ou simplesmente salvá-los da Banca Rota. Estes empréstimos são rigorosamente calculados para que os países não possam pagar, como é o caso da Grécia que, não poderia cobrir a sua dívida, mesmo que, o governo vende-se todo o país e, não é metáfora é, matemática, aritmética;
3.       Exigimos cortes sociais e privatizações, à custa dos cidadãos, sob a ameaça de que se os governos não as levam a cabo, os investidores irão retirar-se por medo de não serem capazes recuperar o dinheiro investido na dívida desses países e noutros investimentos;
4.       Cria-se um alto nível de descontentamento social, adequado para que o povo, já ouvido, aceite qualquer coisa para sair da situação;
5.       Colocamos os nossos homens, onde mais nos convenha.

Se, acham que é ficção científica, informem-se: Estas estratégias estão bem documentadas e têm sido usadas com diferentes variações ao longo do século XX e XXI noutros países, nomeadamente na América Latina pelo Estados Unidos, quando se dedicavam e, continuam a dedicar-se na medida do possível, a asfixiar economicamente mediante a dívida externa por exemplo a países da América Central, criando instabilidade e descontentamento social usando isso para colocar no poder os líderes “simpáticos” aos seus interesses. Portanto nada disto tem a ver com o EURO. O Euro é uma moeda forte, porque os investidores vêm ai carne para desossar, se não houvesse o euro, o ataque acontecia na mesma, só que se calhar os primeiros a cair não seriam os PIGS, mas sim a própria Alemanha, França a Inglaterra etc. Não é o governo dos EUA, que deferem estes golpes mas sim, a indústria financeira internacional, principalmente sediada em Wall Street (New York) e na City (Londres) situação que, está acontecendo sob o olhar impotente e ou cúmplice dos nossos governos este, é o maior assalto de sempre na história da humanidade à escala global, são autênticos golpes de estado e violações flagrantes da soberania dos Estados e dos seus povos.
Todo este crime económico que está a ser cometido contra os portugueses, triturando-nos vivos… As pessoas precisam de uma comunicação que as informe da verdade. Estamos a sofrer uma anexação pela via financeira e, esta é a realidade que não podemos aceitar cruzando os braços deixando o nosso destino nas mãos destes políticos encomendados pelo poder económico para nos delapidarem até os ossos desaparecerem.   





ESCOLA INFORMADA

Sabem, mesmo quem é Carlos Moedas?

Os sinistros senhores da Goldman Sachs. Carlos Moedas, e António Borges, são os infiltrados deste poderoso banco Americano que controla as economias de todos os países. Não são opiniões. São fatos.. Eles explicam a Crise e as cumplicidades (os esquemas) dos governos. O nosso incluido. Carlos Moedas e António Borges, esses arautos da auteridade e da transparência, têm um papel sinistro no meio disto tudo. Esta minha opinião, tem como objetivo, alertar os mais incautos dos portugueses depois, não digam que ninguém os avisou. Que não sabiam de nada.
Depois de lerem este artigo, há duas atitudes a seguir: “Encolher os ombros” ou “Denunciar. Avisar trocar opiniões com outros cidadãos”.
Sabem mesmo quem é Carlos Moedas?
Os arautos da transparência, têm como exemplo disso mesmo-transparência adjunto do primeiro ministro, o senhor Carlos Moedas, que, veio agora a saber-se tem 3 empresas ligadas às Finanças, aos Seguros e à Imagem e Comunicação. Como sócios, teve os senhores Pais do Amaral, Alexandre Relvas e Filipe de Button, a quem comprou todas as suas quotas em dezembro de 2011.
Como “clientes”, tem a REN, EDP, O IAPMEI, a ANA, a Liberty Seguros, entre outros. Nada obsceno, para quem é adjunto de Pedro Passos Coelho!
E não é que, o bom do Carlos Moedas, até comprou as participações dos ex-sócios para “oferecer”o bolo inteiro à mulher?! (Disse-o ele à Sábado). Não esquecer ainda que Carlos Moedas, é um dos “homens de confiança da Goldman Sachs”, a cabeça do Polvo Finaceiro Mundial, onde estava a trabalhar antes de vir para o Governo.
Também, “António Borges” é outro ex-dirigente do “Goldman” e, que está agora a orientar(!?) as Privatizações da TAP, ANA, GALP, Águas de Portugal, etc. Adoráveis, etes liberais de trazer por casa, dependentes do Estado, quer para um emprego, quer para negócios.
Lamentavelmente, à política económica suicidária da UE, que resultou das tragédias que todos nós conhecemos, (Mas que continuamos Cegos, Surdos e Mudos a aceitar) acresce a queda do governo Holandez (Ironicamente acérrimo defensor da austeridade) e o agravamento da recessão em Espanha. Por conseguinte, a zona euro vê o seu espaço de manobra cada vez mais reduzido e, os ataques dos especuladores são cada vez mais mortíferos.
Vale a pena lembrar mais uma vez que o “Goldman And Sachs”, o “Citygroup”, o “Wells Fargo”, etc., apostaram biliões de dólares na imposição da moeda única (Euro). Na sequência dos avultadíssimos lucros obtidos durante a “Crise financeira de 2008” e das suspeitas de manipulação de mercado que, recaíam sobre estas entidades. O Senado norte americano, levantou um inquérito que resultou na condenação dos seus gestores.
Ficou também demonstrado, que o Goldman And Sachs, aconselhou os seus clientes a efetuarem investimentos no mercado de derivados num dterminado sentido. Todavia, esta entidade realizou apostas em sentido contrário no mesmo mercado. Deste modo, obtiveram lucros de 17 biliões de dólares (com prejuízo para os seus clientes).
Estes predadores criminosos, disfarçados de banqueiros e investidores respeitáveis, são jogadores de póquer que jogam com as cartas marcadas e, por esta via, auferem lucros avultadíssimos, tornando-se, assim, nos homens mais ricos e influentes do planeta. Entretanto, todos os dias são lançadas milhões de pessoas no desemprego, na pobreza em todo o planeta, em resultado desta atividade predatória. Tudo isto revoltantemente, acontece com a cumplicidade de governantes e das autoridades reguladoras.
Continuação
 
 


Ramiro Viegas                


Continuação
 
 

ESCOLA INFORMADA

Sabem, mesmo quem é Carlos Moedas?

Desde a crise finaceira de 1929, que o Goldman And Sachs tem estado ligado a todos os escândalos financeiros que envolvem especulação e manipulação de mercado os quais tem sempre obtido lucros monstruosos. Acresce que este banco, tem armazenado milhares de toneladas de zinco, alumínio, petróleo, cereais, etc., com o objetivo de provocar a subida dos preços e, assim obter lucros astronómicos. Desta maneira, condiciona o crescimento da economia mundial, bem como, “condena milhões de pessoas à fome”.
No que toca à canibalização económica de um país, a fórmula é simples: O Goldman, com a cumplicidade das agências de rating, declara que um governo está insolvente, como consequência as yelds sobem e obriga-o, assim, a pedir mais empréstimo com juros agiotas. Em simultâneo, impõe medidas duras de austeridade que empobrece esse país. De seguida, em nome do aumento da competitividade e da modernização, obriga-os a abrir os seus setores económicos estratégicos, (energia, águas, saúde, banca, seguros, etc.) às corporações internacionais.
Como as empresas nacionais, estão bastante fragilizadas e depauperadas pelas medidas de austeridade e da consequente recessão, não conseguem competir e, acabam por ser presa fácil das grandes corporações internacionais (favorecidas com a interveção dos seus “infiltrados” no Governo e nas restantes estruturas).
A estratégia predadora da Goldman And Sachs, tem sido muito eficiente. Esta passa por infiltrar os seus quadros nas grandes instituições políticas e financeiras internacionais, de forma a condicionar e manipular a evolução política e económica em seu favor e em prejuízo das populações.
Desta maneira, dos cargos de CEO do Banco Mundial, do FMI, da FED, do BCE, etc., fazem parte quadros oriundos do Goldman And Sachs. E na UE estão: Mário Draghi (BCE), Mário Monti, primeiro ministro em Itália “sem ter sido eleito”, Lucas Papademos que teve uma passagem curta por primeiro ministro da Grécia para preparar o terreno face às dificuldades existentes em controlar a situação neste país, entre outros.
Alguns eurodeputados ficaram estupefatos, quando descobriram que alguns consultores da Comissão Europeia, bem como da própria Angela Merkel, têm fortes ligações ao Goldman And Sachs. Este poderoso  império do mal, que se exprime através de sociedades anónimas, está a destruir não só a economia e o modelo social, como também as impotentes pseudo democracias europeias.
Se, queremos criar este mundo, para nós e para os nossos filhos, então temos que nos empenhar. “AGORA!” para isso será necessário que consigamos abrir as nossas mentes e procurar encontrar a “verdade”, nas “Mentiras diáriamente proferidas, pelos políticos que nos governam e os restantes que integram os partidos políticos, nos vêm dizendo”.  
 Ramiro Viegas  

A IGNORÂNCIA

Um dos aspetos que carateriza o comportamento dos grandes órgãos da comunicação social em Portugal, e mesmo de certos jornalistas, é o de promoverem personalidades de direita em grandes autoridades sobre certas matérias para que depois as suas opiniões sejam aceites, pela opinião pública, como verdades indiscutíveis. É um processo clássico de manipulação da opinião pública, que Philippe Breton, professor na Universidade de Paris-Sorbonne, no seu livro “A Palavra Manipulada” designa por “argumento de autoridade” Segundo este investigador, “este argumento baseia-se na confiança depositada numa autoridade em nome do principio de que não podemos verificar por nós próprios tudo quantos nos é apresentado” (2001:pág. 94).
Tudo isto vem a propósito de Antonio Borges, conselheiro do governo para as privatizações, bem pago com dinheiro dos contribuintes, que é simultaneamente também administrador da Jerónimo Martins. A comunicação social afeta ao governo tem procurado fazer passar este “senhor”, junto da opinião pública, como um grande professor de economia e um experiente gestor (formado na escola da Goldman Sachs e do FMI). Por isso interessa analisar, até pela importância que ele tem junto deste governo, a credibilidade técnica e cientifica das afirmações deste “senhor”, nomeadamente as feitas no dia 29.9.2012; portanto, não é o aspeto se são ou não convenientes.
No I Fórum Empresarial do Algarve, em que participou, António Borges declarou à comunicação social que “a medida [Taxa Social Única (TSU)] é extremamente inteligente, acho que é. Os empresários que se apresentaram contra a medida são completamente ignorantes, não passariam do primeiro ano do meu curso na universidade” (Na qualidade de antigo professor do ensino secundário diria que António Borges não completava o 12º ano) e, a propósito de baixar os salários nominais, que “as despesas com trabalhadores na Administração Pública representavam 80% das despesas Totais” (RTP, 29.9.2012).
A primeira afirmação (ofender os patrões) provocou grande alarido na comunicação social, mas a segunda (ofender os trabalhadores) não causou qualquer reação, apesar de ser mentira e ser repetida pelo patrão da Jerónimo Martins no dia seguinte nas declarações que fez no Telejornal das 13H da RTP, passando como verdadeiras e alimentando a campanha contra os trabalhadores da Função Pública. Por isso, iremos começar por elas.

ANTÓNIO BORGES É UM IGNORANTE E MENTIU DESCARADAMENTE QUANDO AFIRMOU QUE A DESPESA COM PESSOAL NA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA ERA 80% DA DESPESA TOTAL

O quadro 1, construído com dados constantes do Relatório que acompanhou a proposta de Orçamento do Estado para 2012 elaborado pelo atual governo portanto, dados oficiais, mostra que António Borges mentiu descaradamente quando afirmou que as despesas com Pessoal na Administração Pública representam 80% da despesa total.

               Quadro 1 – Despesa Total e Despesa com Pessoal nas Administrações públicas – 2010/2012

DESIGNAÇÃO
Milhões de euros
2010
2011
2012
I – TODAS AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS
(Central,Local e Regional)



1-DESPESA TOTAL DAS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS
88.680,40
84.430,80
79.667,20
2-Despesa com Pessoal das Administrações Públicas
21.093,00
19.858,90
16.929,90
3-Despesas com Pessoal em % da Despesa Total
23,8 %
23,5 %
21,3 %
II – APENAS ESTADO (Administração Central)



1-DESPESA TOTAL DAS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS
50.556,20
49.607,50
46.689,40
2-Despesa com Pessoal do Estado (Administração Central)
11.383,30
10.485,30
  8.766,50
3-Remunerações certas e permanentes
  8.445,30
  8.031,20
 6.792,00
4-Despesas de Pessoal em % da Despesa Total
22,5%
21,1%
18,8%
5-Remunerações certas e permanentes em % da Despesa Total
16,7%
16,2%
14,5%
        
        FONTE: Relatório da Proposta de Orçamento do Estado para 2012, pags. 55 e 72 –Ministério das Finanças
Ramiro Viegas           



A IGNORÂNCIA


As despesas com Pessoal nas Administrações Públicas (Central, Local e Regional) representam, em 2012, 21,3% das Despesas Totais das Administrações Públicas em Portugal, segundo dados do próprio Ministério das Finanças, e não 80% como afirmou António Borges, Em relação ao Estado, ou seja, a Administração Central, as despesas com Pessoal representam, em 2012, apenas 18,8% da Despesa Total. Se a análise for feita às “Remunerações certas e permanentes” conclui-se que, em 2012, as remunerações na Administração Central (Estado) representam apenas 14,5% das despesas totais do Estado.
António Borges ao afirmar que elas representavam 80%  revela ignorância total, e mostra que não conhece nem estuda minimamente os assuntos de que fala, estando mais interessado em utilizar a mentira na campanha contra os trabalhadores da Administração Pública com o objetivo de justificar os ataques do governo ao seus direitos e às suas condições de vida. São personalidades deste tipo, com este estofo técnico, ético e moral que, certa comunicação social e certos jornalistas promovem a grandes autoridades mas que, na minha qualidade de ex professor do Ensino Secundário não passava no 12º ano nem tão pouco, têm nível para o desempenho de qualquer cargo de responsabilidade.

A DESCIDA DAS CONTRIBUIÇÕES PATRONAIS PARA A SEGURANÇA SOCIAL NÃO ERA “UMA MEDIDA EXTREMAMENTE INTELIGENTE” COMO AFIRMOU ANTÓNIO BORGES

Se António Borges estudasse minimamente os assuntos de que fala, concluiria também que a diminuição da TSU (Taxa Social Única) paga pelas empresas para a Segurança Social não era uma medida inteligente, pois não teria quaisquer efeitos na competitividade das empresas, determinando apenas a transferência direta de 2.200 milhões € dos bolsos dos trabalhadores para os bolsos dos patrões, reduzindo a procura agregada, o que agravaria a situação económica e financeira de centenas de milhares de empresas que vivem do mercado interno. E, para concluir isso, bastaria que analisasse a estrutura de custos das empresas portuguesas. O quadro 2, construído com dados divulgados pelo INE sobre a estrutura de custos das empresas não financeiras em Portugal mostra, de uma forma quantificada, os reduzidos efeitos de tal medida.

    Quadro 2 – Estrutura de custos das empresas não financeiras, e redução de custos determinada por uma redução de 5,7
                      pontos percentuais nas contribuições das empresas para a Segurança Social


RÚBRICAS
Em Milhares de euros
2008
2009
2010
CUSTOS TOTAIS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS (1+2)
208.397.995,
188.117.243,
207.577.366,
1-Consumos intermédios
159.070,540,
139.138.519,
155.345.374,
dos quais:



Matérias consumidas
  71.207.554,
  56.141.942,

Fornecimentos e serviços externos
  85.793.110,
  81.180.921,

2-Custos com o pessoal
  49.327.455,
 48.978.734,
  52.231.992,
Remunerações
  38.421.950,
 38.131.487,
  40.544.335,
Encargos Sociais
  10.905.505,
10.847.247,
  11.687.657,
3-Redução de 5,75 p.p. na TSU ( 5,75% das remunerações)
    2.209.262,
  2.192.561,
   2.331.299,
CUSTOS TOTAIS DAS EMPRESAS sem 5,75 p.p. TSU
206.188.733,
185.924.692,
205.246.067,
REDUÇÃO PERCENTUAL DOS CUSTOS COM REDUÇÃO DE 5,75 PONTOS PERCENTUAIS NA TSU DOS PATRÕES
-1,1%
-1,2%
-1,1%
       
          FONTE: Empresas 2009 e 2010 - INE

 
 

Ramiro Viegas  


 A IGNORÂNCIA


Se António Borges conhecesse a estrutura de custos das empresas não financeiras portuguesas saberia que uma redução de 5,75 pontos percentuais na taxa de contribuições patronais para a Segurança Social (passar de 23,75% para 18%) provocaria uma redução de apenas 1,1% nos custos totais das empresas portuguesas. Mesmo entrando com efeitos indiretos, a redução iria situar-se, para as empresas exportadoras, entre 1,5% e 2,4% (depende do setor), segundo cálculos que efetuados, utilizando os dados de um estudo divulgado pelo próprio governo em 2011.
É evidente para todos os leitores, que não seria com tal medida que se aumentaria a competitividade das empresas portuguesas. E isto porque, por um lado, tal redução de custos é irrisória e ridícula e, por outro lado, é facilmente anulada com qualquer variação positiva (apreciação) da taxa de câmbio do euro. Por ex., entre 30 de Agosto e 12 de Setembro de 2012, o euro valorizou-se em 2,3% em relação ao dólar, o que seria mais que suficiente para anular aquela redução de custos.
A única justificação que encontro para as afirmações de António Borges ao chamar “ignorantes os empresários que se opuseram à baixa da TSU das empresas à custa do aumento dos descontos pagos pelos trabalhadores”, é que eles poderiam meter no bolso assim, com a ajuda do próprio governo, 2.200 milhões € aumentando os seus lucros, e não quiseram. Afinal, ao contrário de António Borges, temos empresários “não ignorantes” mas, Homens com sensibilidade social, conhecedores profundas daquilo que deve ser uma Empresa e o papel social que estas devem desempenhar numa sociedade que se pretende mais justa e equitativa.  
No entanto, António Borges, se tivesse alguns conhecimentos consistentes de economia portuguesa, certamente saberia que mais uma redução da procura interna, quando a maioria das empresas já não conseguem vender o pouco que produzem, teria consequências dramáticas no tecido empresarial português, lançando muitos milhares de empresas na falência e fazendo aumentar ainda mais o desemprego, o que determinaria uma maior contração do mercado interno. Mas este “economista”, formado na escola da Goldman Sachs e do FMI, transformado por certa comunicação social em “guru”, parece não conhecer este principio elementar da economia.
Utilizando as próprias palavras de Antonio Borges, podia-se dizer com propriedade que seria o próprio António Borges que “não passaria no 12º Ano que lhe permitiu o acesso ao Ensino superior ou então do 1º ano de um curso de economia da universidade”.
No entanto, as afirmações de António Borges tem o mérito, como consequência da sua ingenuidade, de expressar publicamente, tornando assim claros para a opinião pública, os objetivos e credibilidade técnica deste governo e desta maioria PSD/CDS.

 
Ramiro Viegas



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