quarta-feira, 12 de abril de 2017

ÁGUA USADA COMO ARMA

Em junho de 2004 escrevi que a água potável não é mercadoria. Hoje acrescento que também não pode servir de arma para guerras políticas e estúpidos “braços-de-ferro” onde o povo é sempre o grande prejudicado. A senhora presidente da ARM (águas e resíduos da Madeira), Nélia Sousa, ao exigir o aumento do preço da água em alta, consciente ou inconscientemente está a ser usada como braço armado do Governo Regional para asfixiar politicamente a CMF e a Câmara de Santa Cruz, que não fazem parte da ARM, mas esqueceu-se que quem sai sempre prejudicado é a população que, sem culpa nenhuma, irá pagar uma pesada factura de água e resíduos sólidos no fim do mês. Esta é a segunda vez (depois de 2013) que a ARM tenta malabarismos para aumentar o preço da água e é justo que o povo saiba que estas Câmaras têm suportado estes aumentos para não os repercutir no consumidor final, os munícipes. A senhora Nélia Sousa pode fazer as contas que fizer, pode invocar dívidas antigas, pode arranjar desculpas esfarrapadas para o aumento da água em mais de 20% e os resíduos sólidos em mais de 300% mas isso torna-se absolutamente irrelevante quando as consequências sobram para os munícipes quer do Funchal quer de Santa Cruz. Não deve haver pretextos para aumentar o preço de um bem essencial à vida como é a água, ponto final.Mas esta execrável “guerra” política não é inocente, é pura retaliação do G.R contra os executivos das Câmaras que fugiram ao controlo absoluto do PSD-M em 2013 e acentua-se com o aproximar das autárquicas de 2017. Miguel Albuquerque encarnou o velho e mofento PSD usando a mesma metodologia de A.J.Jardim. Em quase 4 anos de funções do novo executivo da “Mudança” nunca pagou os cinco milhões de euros de IRS que devia à CMF, os quais reivindicava ao seu antecessor, não estabeleceu um único contrato-programa ao contrário de quando a Câmara era PSD que estabeleceu contratos num valor superior a 70 milhões de euros e tenta subtilmente asfixiar as Câmaras que “fugiram” ao psd-MEsta é a verdade dos factos, o povo da Madeira sempre serviu de arma de arremesso nas mãos dos políticos e isto tem de acabar urgentemente,não podemos ser nós cidadãos a pagar as “guerras” dos políticos incompetentes, vingativos e sem moral.
Juvenal Rodrigues