quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA

A violência doméstica não pode ser resumida apenas a uma “guerra” entre cônjuges

21 DEZ 2016 / 02:00 H.
Mesmo correndo o risco de ser mal interpretado ou ferir suscetibilidades volto a um tema que merece profunda reflexão e espero que o espírito natalício possa contribuir para a paz e tolerância.
A violência doméstica não pode ser resumida apenas a uma “guerra” entre cônjuges, já que este problema, quer queiramos ou não, é muito mais abrangente e transversal a toda a sociedade. As consequência imediatas passam por aumento de casas-abrigo para as vítimas, aumento dos sem-abrigo por separação dos beligerantes, sobrecarga dos lares de 3ª idade por abandono dos idosos, sobrecarga da S.Social para proteção às crianças e aumento da população prisional por via dos crimes cometidos. Resumir tudo isto a uma manifestação pelo direito de igualdade de género é aligeirar um enorme problema social. Infelizmente a violência doméstica não é coisa nova, mediatizou-se a partir dos anos 70 com o surgimento dos movimentos feministas que passaram a denuncia-la mas, desde então, a sociedade sempre encarou este problema de ânimo leve, até os nossos dias, ao ponto de recentes sondagens demonstrarem que cerca de 50% dos jovens olham este problema como coisa natural. Hoje em grande parte dos países, com destaque para Europa e EUA, os direitos à igualdade de género está consagrado por lei embora o cumprimento da mesma possa ser duvidoso mas, infelizmente, não é assim com todas as leis? Peço às mulheres que não soltem ainda os cães porque não há aqui qualquer animosidade ou desejo de mitigar o problema o que eu apenas pretendo demonstrar é que a sua complexidade poderá ser minimizado com medidas preventivas e não, simplesmente, com a prisão do(a) agressor(a.
Constantes conflitos internacionais,ao longo dos tempos,demonstraram-nos que o que não se resolve com diálogo não conseguiremos resolver com repressão por isso continuo a defender, como já o fiz antes, que este tipo de conflitos deveriam ser dirimidos através de um centro de arbitragem de conflitos conjugais criado para o efeito pela Segurança Social ou pelas autarquias de cada Concelho onde todos os casos, mesmo os já participados à PSP, ali passassem para aconselhamento.
Recentemente comemorou-se o “Dia pela erradicação da violência contra as mulheres” que em minha opinião deveria chamar-se “Dia da prevenção da violência psicológica. Coloco a tónica neste tipo de violência por acreditar que este é o rastilho que vai detonar quase todas as outras forma de violência conjugal, aliás vários estudos sobre este flagelo social, levados a efeito pelo ONVG, Observatório Nacional de violência e Género, referia que entre os vários tipos de violência a violência psicológica exercida por homens e mulheres estava na mesma ordem de valores embora subisse exponencialmente, no masculino, quando se trata de violência física ou sexual.
Por sua vez a “Associação Presença Feminina” promoveu recentemente uma manifestação para erradicação da violência, seguida de entrevista, que confirmava que 90% dos casos divergem da violência psicológica mas atribuía-a apenas aos homens quando os estudos da ONVG atribui, praticamente, 50% a ambos os sexos. Depois, expor um problema extremamente sensível através de manifestações públicas,pela intimidade que acarreta, não contribui para a sua resolução já que as palavras de ordem e a mediatização poderá ser uma forma de acicatar ódios adormecidos e poderá funcionar como a pequena chispa que vai provocar uma grande incêndio. Eu próprio constatei a indignação de um homem que se sentia profundamente discriminado porque a sociedade, ao referir vitimização, fala sempre no feminino e nunca no masculino. O que hoje temos resume-se a associações femininas para ouvir as mulheres e contabilizar os casos de violência. Por outro lado a própria palavra erradicar é, por si só, uma utopia, todos nós sabemos que a sociedade jamais conseguirá erradicar esta ou qualquer outra forma de violência, quando muito poderá ameniza-la com medidas adequadas.
Aproxima-se uma quadra de fraternidade e sã convivência, aproveitemos tod@s para amenizar as vicissitudes da vida. Um Feliz Natal.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

O POVO AGUENTA !

É deveras irritante assistir a tanta incompetência e má gestão da coisa pública pelos nossos governantes e ainda é mais irritante quando sabemos que muitos deles são como os furacões, arrasam tudo por onde passam. Nunca são responsabilizados pelo esbanjamento do dinheiro publico, nunca sentam o dito cujo no tribunal, gozam de imunidade porque “obviamente”a culpa nunca é deles, foi dos Governos anteriores, foi da chuva que choveu à 50 anos, foi porque os estudos e os PROJECTOS foram mal elaborados ou até porque a bruxa os enganou. Numa região onde os impostos nos levam até o tutano somos novamente confrontados com gastos de 7,5 milhões (só para estudos) para o aumento do molhe da Pontinha. Não ponho em causa a necessidade deste aumento até porque (os “burros” nos quais eu me incluo) opinaram publicamente (tal como aconteceu com a Marina do L.Baixo) sobre o aterro, para dizer, na altura, ao teimoso-mor e grande chefe do povo superior A.J.Jardim. que o que se gastava no cais 8, cerca de 20 milhões, ajudaria bastante no aumento da Pontinha uma vez que esta é fundamental para a proteção da frente mar do Funchal contra vento sul, sudoeste ou sudeste e para atracagem de navios de turismo que acabam por rumar para outras paragens muitos vezes por falta de espaço ou de condições. Não estou a atribuir culpas a qualquer membro do atual Governo Regional, sejamos justos, até porque Miguel Albuquerque, na altura presidente da CMF, também deu parecer negativo ao aterro. O que na verdade me revolta, enquanto cidadão e contribuinte, é a aselhice misturada com a arrogância e teimosia de certos governantes que, por uma gritante incompetência erram repetidamente,esbanjam os fracos recursos financeiros de uma região pobre e ficam impunes. Um empregado de balcão engana-se no troco ao cliente e é despedido, eles enganam-se em milhões e por vezes ainda recebem um louvor. As oportunidades são semelhantes para todos os países, uns prosperam porque têm bons governos outros têm uns aselhas que nem própria casa sabem governar. Não se preocupem senhores governantes o povo aguenta! ai aguenta, aguenta! 
Juvenal Rodrigues

NOVO HOSPITAL O SHOW POLÍTICO

Este tema, novo hospital, é já um “fait divers” para diversão dos políticos que só emperra o dossier. Lembro-me que o Dr. Jardim quando era Governo colocou um ponto final ao projeto do novo hospital porque entendeu que não seria rentável em termos financeiros e com a sua prepotência e questionáveis decisões decidiu remodelar o Hospital Central do Funchal. Sucede-lhe o Dr. Albuquerque que no entusiasmo da campanha eleitoral(entre outras promessas) diz que o novo hospital seria uma realidade. Como nem esta nem outras promessas eleitorais ele conseguiu concretizar aproveitou a mudança do Governo e passou a exigir a a António Costa o que nunca havia exigido a Passos Coelho. Sem que o mérito fosse dele a estratégia resultou e hoje já não se questiona a construção do novo hospital mas sim a comparticipação do G.da República. Aque entra a mediocridade de certos políticos. Primeiro o G.Regional falava em poucos milhões (já perdi a conta do valor dos“lances leiloados”) para logo a seguir o líder do PS M, Carlos Pereira, afirmar que conseguiu, do G. da República, o financiamento de 50% do custo do novo hospital, o que para o Governo do PSD M, em termos eleitorais (no fundo é só isso que está em questão) é um golpe de morte. E agora é ver os pobres argumentos esgrimidos pelos três novel deputados regionais PSD M na Ass. da República, desejosos de agradar ao chefe, vêm em coro com M.Albuquerque mais os deputados regionais minimizar o que foi conseguido e até já querem que seja o G.da República a financiar tudo e digo tudo porque é o hospital, é o avião cargueiro, é o subsídio de mobilidade é o Ferry. Enfim, da provável não construção do hospital ou da sua conclusão para 2020 já querem a sua concretização para 2017. E aqui é que está o âmago da questão; o que lhes interessa não é chegar a uma concertação em que a Madeira e os madeirenses saiam beneficiados mas um “show”para retirar dividendos políticos. É isto que eu já por varias vezes referi como sendo uma incompetência política atroz porque qualquer cidadão vê que tudo isto tem por fim apenas propaganda eleitoralista. O que conta é o que se conseguiu em benefício da Madeira e dos madeirenses fosse por quem fosse. Senhores políticos ao menos uma vez enterrem o machado de guerra, entendam-se e deem as mãos pelo bem comum, olhem que o povo agradece! Vejam o exemplo de António Costa que de uma manta de retalhos construiu a “Geringonça”, deixou P.Coelho a falar só e, segundo as sondagens, já está próximo da maioria absoluta, passado apenas um ano.
Juvenal Rodrigues