sexta-feira, 26 de maio de 2017

DISCUSSÃO PÚBLICA DO NOVO PDM

Publicado em "cartas do leitor"  no DN Funchal em 25 maio de 2017

Assisti (tencionava participar) na pretérita terça-feira, no Teatro Municipal, ao 1º debate que abre o período de discussão pública sobre o novo PDM para a cidade do Funchal, sob o tema Reabilitação Urbana. Esta foi a forma encontrada pela CMF para os funchalenses poderem contribuir com ideias e pormenores para um PDM que sirva a nossa cidade que é como quem diz, o bem comum. Embora o debate fosse o objetivo, tal não aconteceu porque 4 ou 5 pessoas entenderam expor problemas de habitação própria e má vizinhança monopolizando o debate e inviabilizando a participação de outros cidadãos presentes. Caros concidadãos a verdadeira cidadania não funciona assim, assim só atrapalha quem quer contribuir para melhorar a qualidade de vida do coletivo Problemas com habitação e má vizinhança já existe desde a idade das cubatas e continuará a haver até ao fim dos séculos, porém, com o avanço da civilização os problemas pessoais têm canais próprios para serem avaliados e terão que ser resolvidos caso a caso já que nenhum pais tem leis perfeitas nem tão pouco cidadãos perfeitos onde uma lei fosse à medida de todos. A primeira das 5 sessões temáticas sobre “Projetar o Futuro” não cumpriu o objetivo porque , na realidade, mais parecia um debate político com ataques pessoais e não houve uma única proposta para o bem comum. Valeu a explanação dos técnicos da CMF sobre o PDM e outros planos de pormenor para esclarecer aqueles que estavam interessados no assunto e certamente ficarão com ideias definidas para o próximo debate. Este ciclo de conferências “Projetar o Futuro” têm um objetivo bem definido, levar os funchalense a participar, hoje, no futuro da nossa cidade para vivermos melhor amanhã. Os nossos filhos e netos ficar-nos-ão gratos pela cidade que lhes deixarmos. Quem não estiver com o espírito de discutir, sugerir ou planear deixe que os outros colaborem.
Juvenal Rodrigues

segunda-feira, 22 de maio de 2017

CONTRA-INFORMAÇÃO OU DELAÇÃO ?

Tudo na vida tem um preço e a liberdade de expressão não foge à regra

19 MAI 2017 / 02:00 H.
Em quem e em quê acreditar? É a preocupação do simples cidadão. Atravessamos um período de incertezas uma vez que ante a sede de poder e a ganância do dinheiro tudo é permitido, mentira demagogia e contra-informação. Não se pode acreditar nos gestores dos Bancos porque quando dizem que tudo vai bem há um banco a falir e lá se vai as nossas poupanças.
Não se pode acreditar na argumentação política porque enquanto o partido A diz que as coisas vão bem, logo o partido B afirma exatamente o contrário. Um deles está errado mas nenhum deles sabe! Não se pode acreditar na indústria farmacêutica já que a ambição pelos lucros astronómicos eleva o preço dos medicamentos muito acima do alcance do nosso poder de compra e o que ainda nos vai valendo é o SNS mas... com estes preços, não sei até quando!
Não se pode confiar nas promessas em campanhas eleitorais porque são esquecidas logo que acaba as eleições e depois apenas servem para “encher chouriços” nos debates políticos distorcendo descaradamente as promessas e empurrando as culpas para terceiros ou seja, confundir para disfarçar.
As redes sociais são um poderoso veículo de informação onde se bebe muitos ensinamentos mas é, também, o maior veículo da mentira, da propaganda, do logro e até da persuasão à distância para levar as pessoas a mutilarem-se e suicidarem-se como no caso da “baleia azul. Isto será simples malvadez ou interesse ignóbeis estão por trás disto e dos ciberataques?
Já nem naquilo que se vê podemos acreditar já que o “photoshop” é usado abusivamente pelos delatores para mudar e achincalhar qualquer fisionomia.
O ataque com gás sarin na cidade de Khan Sheikhun, na Síria, que originou uma retaliação por parte dos E.U.A, de Trump, contra o uso de armas químicas, levou de imediato a Rússia de Putim a afirmar que o ataque não foi ordenadas por Basar Al Assad da Síria (?) Citando René Descartes “daria tudo o que sei pela metade do que ignoro. Até no sofrimento atroz e morte de inocentes usa-se a desinformação ocultar a verdade e confundir.
Medonhos atentados terroristas espalham o caos e o terror e são euforicamente reivindicados por organizações terroristas apenas para se mediatizarem mas na maioria das vezes nem sabemos ao certo quem os praticou.
Nicolás Maduro usa a demagogia pura e dura para tentar instalar um regime cubano na Venezuela e silenciar as “forças do mal” - oposição- que lhe querem tirar do ombro o passarinho ali colocado por “el comandante Chaves. A confiar na informação dos mídea, chega-se ao ponto de saquear o Estado industrial de Carabobo, como “fait divers”, para culpar a oposição.
O desporto junta dezenas de “opinion makeres” à frente de uma televisão onde todos discutem exacerbadamente mas nenhum deles vê as mesmas imagens, ou seja, cada um vê aquilo que quer, ali mesmo nas “barbas” do telespetador.
Diz-se, com alguma ligeireza, que é a liberdade de expressão e o direito de opinião a funcionar. Será! Mas alguém já pensou que esses valores tornam-se abstratos quando não se consegue distinguir a verdade da mentira? Que o valor da informação passa a um banal direito de opinião?
Nunca como agora temos que estar preparados, com o discernimento necessário, para filtrar o que se lê e o que se vê já que os milhões de paginas de informação, por esse Mundo fora, encalham no entulho da mentira, da malvadez e da ganância. As meias verdades alimentam o comportamento vil e execrável de seres humanos, despidos de valores morais que por um minuto de fama ou poder está a levar o Mundo à demência coletiva onde a a noção da verdade está a tornar-se um mito ou coisa do passado. Tudo na vida tem um preço e a liberdade de expressão não foge à regra porque, na maioria das vezes, não nos damos ao trabalho de conte-la, refleti-la e filtra-la. Parafraseando John Kennedy “Quase sempre preferimos o conforto da opinião sem o desconforto da reflexão.