domingo, 29 de abril de 2018

IMORALIDADE, GANÂNCIA E INCOMPETÊNCIA

Imoralidade, ganância e incompetência

27 ABR 2018 / 02:00 H.




Incompetências

São tantos os casos de incompetência, imoralidade e ambição de poder que o mais difícil mesmo é saber por onde começar.
Os Bancos quando apresentam resultados financeiros positivos dividem pelos acionistas, quando os resultados são negativos dividem-nos pelos clientes e pelos contribuintes. Por muito que os Governos expliquem (enrolem) não conseguimos perceber como é que em 10 anos, entre 2007 e 2017, os apoios concedidos à Banca totalizaram 17 mil milhões de euros, sendo que, à conta disto, Portugal teve um saldo negativo de 9.1 % no PIB e um total acumulado de 12,3% do PIB na dívida pública. Como prémio os gestores bancários aposentam-se com chorudas pensões. Por muito que nos sacrifiquem não há impostos que aguentem este descalabro.
Subsídios imorais
Os subsídios das viagens dos deputados insulares, na A. da República revela-se uma novela onde os protagonistas tentam interpretar o guião à sua maneira mas nenhum consegue explicar a falta de moral daqueles que o povo elegeu para defender a moralidade de uma causa nobre, a política. Na verdade não são apenas os deputados os culpados já que a Assembleia da República e as Assembleias Regionais também são coniventes. Vamos por partes, a A. da República legisla e depois são os deputados que votam as propostas os quais sabem que irão, mais tarde, ser beneficiados por elas. Com o Estatuto Politico Administrativo das regiões autónomas passa-se a mesma coisa conferindo aos deputados a faculdade de serem juízes em causa própria sem estarem sujeitos à fiscalização das leis gerais do trabalho regendo-se apenas pelo seu próprio Estatuto cujo limite é a Constituição . Só assim se compreende que nunca apareçam culpados para estes casos de promiscuidade e falta de pudor que só agora foi descoberto mas há muitos anos que é praticado. Só assim se compreende que altos cargos políticos do país se escudem no Tribunal Constitucional para justificar a moral de uma enorme imoralidade que salta à vista do comum cidadão. Pergunta-se; quem julgará esta pouca vergonha, quais serão as consequências por esta prática imoral durante todos estes anos? Como sempre não haverá culpados, estão todos protegidos pela alínea “Y” do artigo “X” das leis deste país tão condescendentes com os fortes mas extremamente severas com os fracos.
Ganância das companhias aéreas
As companhias aéreas TAP, EasyJet e Transávia que asseguram a nossa tão badalada mobilidade entre a Madeira e o Continente decidiram, este mês, mostrar-nos a sua força mandando os ilhéus às urtigas como que a mostrar que temos que andar pianinho porque os aviões são deles e a nós cabe-nos apenas pagar os vergonhosos preços das passagens. Deixaram os passageiros sem voos, sem alojamento e sem explicações durante vários dias com todas as consequências negativas que isso acarretou mas até hoje não deram uma justificação plausível nem, que eu saiba, assumiram responsabilidades. Juro que nunca percebi, e continuo a não perceber que sendo o Governo o maior acionista da TAP com 50% do capital nem sequer tem autoridade para impor que a linha entre as regiões autónomas sejam reguladas pelo Estado para acabar com esta roubalheira. Quer dizer o Estado tem 50% da companhia, certamente injecta capital quando necessário e depois gasta 50 ou 60 milhões/ano a subsidiar as passagens dos ilhéus. Negócios destes são mesmo difíceis de entender. Por sua vez Dr. Albuquerque afirma que os madeirenses nunca viajaram tanto e tão barato mas esquece-se que os milhões de subsídios pagos às transportadoras saem dos contribuintes mesmo aqueles que não viajam. Estou certo que mesmo que entrem mais 2ou 3 concorrentes na linha Continente/ Madeira, enquanto as transportadoras chuparem na mama do subsidio, os preços dos bilhetes nunca irão baixar já que os disparatados aumentos nas épocas altas é apenas uma justificação rasca e sem cabimento. Sem subsídios julgo que apenas uma ínfima parte dos madeirenses teriam posses de ir a Lisboa e ai queria ver se as companhias iriam manter os preços a 400/500 euros para os aviões andarem vazios.
A Madeireira será o que os madeirenses quiserem
Após reler o que acabo de escrever veio-me à memória a célebre frase do Dr. Jardim nos seus tempos áureos, “a Madeira será o que os madeirenses quiserem. Ele deve estar agora em tempo de reflexão e já percebeu que, perante tanta incompetência e falta de honestidade política, a Madeira nunca será o que os madeirenses quiserem mas sim o que os políticos e os grandes “lobbys” ditarem, desde prisioneiros na ilha por companhias aéreas sem escrúpulos e reféns dos poderosos interesses económicos até à “novela” do novo hospital que até agora apenas tem servido para esgrimir argumentos políticos sem resultados práticos.
Piadas inusitadas
Muito haverá para comentar mas, por agora, deixo-vos com uma piada inusitada do Sr. Presidente do Governo Regional ao afirmar à comunicação social que se não fossem os nossos profissionais de saúde a trabalhar no Reino Unido o sistema de saúde britânico entrava em colapso. Para quem não sabe o peso da mão d’obra dos enfermeiros portugueses no Reino Unido é de 1,7 % ante uma esmagadora maioria de 84% dos britânicos. Piadas!IMORALIDADES

segunda-feira, 2 de abril de 2018

O "LARANJAL" EM POLVOROSA

Torna-se inviável contratualizar charters por 30.000 euros, os quais a dividir por 165 lugares dá 182 euros por bilhete

29 MAR 2018 / 02:00 H.


Esquerdas unidas
Entrou em moda uma nova arma de arremesso, as “esquerdas unidas”. Foi Assunção Cristas no Congresso do CDS foi, recentemente, Miguel Albuquerque e são alguns “opinion makers” já a pensar nos prometidos tachos do psd-M, a afirmar que há um cerco das esquerdas para tomar o poder na Madeira. Meu Deus que coisa mais ridícula, já assisto a esta paranoia há 43 anos que até já cansa. Apesar de faltar um ano e meio para as legislativas regionais o pânico instalou-se com receio de perderem as mordomias. Até 2019 os madeirenses vão ser bombardeados com a fábula do inimigo externo que nos quer roubar a autonomia. Será que pensam que estão a governar um sanatório com doentes de alzheimer que já não se lembram de nada? Será que estão mesmo convencidos que se não for o PSD-M já ninguém tem capacidade para governar a Região a não ser a partir de Lisboa? Que pobreza de argumentos! Este Governo Regional, que falhou em toda a linha, descaradamente pergunta se os madeirenses e porto-santenses querem manter a sua autonomia. Por amor da santa, mas o que será que esta gente anda a tomar para estarem tão alucinados? Tiveram 42 anos para mostrar o que valiam e agora com esta renovação foi pior a emenda que o soneto. Pensam que os madeirenses não se aperceberam que a partir de 2017 as Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia que se libertaram das garras do PSD passaram a ser melhor governadas inclusive saneando a dívida que os autarcas “laranja” deixaram e hoje gozam de uma melhor saúde financeira, social e política? Isso sim com uma boa governação é que se consegue manter a autonomia! No fundo o GR abdicou de governar para mendigar milhões da República e milhões da UE. Sabendo que o maior problema dos governos é falta de dinheiro se nos pagassem as contas qualquer um saberia governar.
Charter uma não solução
Este remendo chamado charter encontrado para os estudantes irá, no futuro, dar muitas dores de cabeça já que os estudantes no Norte e no Sul do país irão, legitimamente, reivindicar medidas iguais todos os anos seja na Páscoa, no Verão ou no Natal a não ser que, como prevejo, o GR resolverá o anacrónico problema do subsídio de transporte até às eleições de 2019.
Torna-se inviável contratualizar charters por 30.000 euros, os quais a dividir por 165 lugares dá 182 euros por bilhete ainda muito acima dos preços praticados, pela TAP para outros destinos. Já agora, entre algumas sugestões que nesta pagina deixei como por exemplo, operações com aviões maiores na linha Madeira/Continente ou parceria com a SATA, aqui fica outra, porque não encetar negociações com a TAP no sentido de liberalizar as linhas para os outros destinos menos as linha Madeira e Açores a fim do Governo poder assegurar a tão badalada continuidade territorial? Em vez de “guerras” estúpidas com Lisboa porque é que o GR ainda não apresentou propostas nesse sentido? Afinal o Governo é sócio da TAP e poderia, no mínimo, usufruir desse benefício já que são linhas internas que pouco contam nos lucros globais da TAP! Ou será que contam?
Um ferry a meter água
Este ferry ainda não navega mas já mete água por todos os lados estando prestes a afundar-se no mar do esquecimento já que o GR não tem solução. Toda a gente já percebeu que uma operação ferry apenas entre Continente e Madeira é pouco viável já que acarretaria custos insuportáveis para a Região. Então porque não encetar estudos de viabilização económica no sentido de uma operação marítima entre Madeira/Açores/ Continente/Canárias movimentando maior afluência de passageiros e de carga? Se calhar estou a dizer um disparate mas a verdade é que não vejo nenhum armador interessar-se pela linha desde não seja rentável. Apenas o dinheiro faz “milagres!
100€ de bananas
Custa-me perceber que os nossos lavradores, fruticultores ou viticultores, dado as pobres condições em que trabalham, mereçam apenas uma “esmola” de 100€ do GR mas o que me deixa mesmo confuso é que as Casas do Povo aufiram 25% (25€) desse valor para compra de votos... perdão queria dizer para subsídio, apenas para servirem de intermediários na sua distribuição quando as Câmaras Municipais ou Juntas de Freguesia, por serem o poder eleito, mais próximo dos agricultores estariam aptas a desempenhar esse papel sem custos adicionais. Assim já se compreende como é que a Região já gasta 20 milhões de euros/ano com as IPSS nas quais se inclui as C. do Povo bem como fundações e outras ligadas a Igreja, entre as quais, meia dezena, já estão indiciadas de irregularidades.
E segue o regabofe com a investigação do OLAF à Unidade de Medicina Nuclear que foi inaugurada em 2013 e só começou a funcionar parcialmente em 2017.
Inoperacionalidade do Aeroporto
Senhor Governo, antes que seja tarde é urgente, urgentíssimo, pensar que a inoperacionalidade do aeroporto da Madeira pode trazer problemas graves para o futuro desta ilha, que vive essencialmente do turismo, se não começarmos a pensar seriamente numa alternativa. Após estes dois meses de condicionalismos impostos pelo vento deu para perceber que o aviso é sério. Não deixem morrer a galinha dos ovos de ouro e depois, como sói dizer-se, chorar o leite derramado.
E os nomeados do Governo Regional são
Desde que este executivo tomou posse já fez, segundo a “má língua”, 760 nomeações mas o GR diz que foram apenas 181. Uma das calculadoras deve estar avariada, mas isto é de somenos importância, o importante é que estes colaboradores irão trabalhar “sem horário definido” como aventou o Vice do Governo ou então, “irão para o olho da rua”
A cereja no topo do bolo
M.Albuquerque na tentativa de reconquistar uma franja do eleitorado de A.J.Jardim vem agora condecora-lo com o Cordão Autonómico de Distinção, exatamente a autonomia que ele empenhou aquando da dívida escondida que obrigou a assinatura do PAEF e colocou um garrote financeiro à Região