quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Acredito que hoje vou ser polémico já que vou abordar um tema quase tabu para os homens mas muito badalado pelas mulheres. Arrisco mesmo a “levar com o rolo da massa” mas se conseguir com isto evitar apenas uma cena de violência num lar acho que já valeu a pena.  Muito se tem falado e escrito sobre a violência doméstica referindo apenas a face visível deste problema ou seja a violência física onde o homem, quase sempre, leva a melhor. Mas este tema não se esgota na força física, é muito mais abrangente, complexo e requer análise mais elaborada. Será o homem o único culpado pela violência no lar? Eu designaria à partida algumas formas de provocar conflitos no casal. A primeira, quiçá a mais condenável, é sem duvida a violência física exercida quase sempre pelo homem que por ser fisicamente mais forte provoca muitas mazelas e até homicídios. Porém existe também a violência psicológica para onde as mulheres se inclinam mais e ai não se sabe quem é mais forte. A violência gestual onde qualquer um dos intervenientes ameaça com aquilo que tem à mão e daquele gesto nasce a agressão. Outra terrível forma de violência é a verbal onde o homem e a mulher se agridem mutuamente com palavras ofensivas, amuos, gestos obscenos ou “berros” e como nenhum se cala e os impropérios continuam impõe-se, de seguida, a lei do mais forte. Até a violência de um olhar carregado de ódio também pode desencadear a pancada. Como vêm existe muitas formas de violência  e poucas fórmulas para resolve-las. Serão os beligerantes capazes de começar a inverter algumas? Antes dos contendores invocarem os assaz direitos porque não invocar primeiro os deveres?  Porque não usar o bom senso e a tolerância para chegar aquele diálogo que tem o condão de evitar a violência física e verbal? Porque não evitar o vocabulário impróprio, pelo menos no calor da discussão, usando a palavra mágica “desculpa” ou “veremos isso mais tarde”? Exceptuando os casos em que o homem chega a casa embriagado e mal entra à porta começa à zaragata com a esposa e os filhos pode sempre haver maneira de apaziguar os ânimos se houver inteligência e bom senso. Na maior parte das vezes a mulher vai participar á polícia (o homem não vai por vergonha) e acaba nos tribunais mas apenas resolve um problema de direito já que os problemas conjugais adensam-se porque a justiça é feita à base de frias leis que não contemplam sentimentos e quem acaba por mais sofrer são as crianças com a violência e a separação dos progenitores? Será que não valeria a pena evitar tudo isto em nome da paz e do bem estar das crianças? Todas as formas de violência deveriam ser banidas da face da terra mas para isso é necessário que as pessoas ponham os deveres acima dos direitos. Em próxima oportunidade abordarei um tema também muito controverso, a lei da paridade.

Juvenal Rodrigues           

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