segunda-feira, 31 de julho de 2017

NO ALTAR DOS SACRIFÍCIOS

Publicado no DN Funchal em 30.07.17

A substituição da Dr.ª Rubina Leal pela Dr.ª Rita Andrade para o cargo de Secretária Regional da Inclusão e Assuntos Sociais lembrou-me aquela passagem da Bíblia - Antigo Testamento - onde Deus ordenava a Abraão que levasse o seu próprio filho, Isaque, ao altar dos sacrifícios apenas para agradar-Lhe e testar a sua fé. Sabendo da missão quase impossível de ganhar a CMF, a Dr.ª Rubina predispôs-se ao sacrifício de pedir a exoneração do cargo que ocupava no Governo, não sei se por fé ou jogadas camufladas do poder. Por sua vez o Dr. Miguel Albuquerque no papel de Abraão não hesitou em enviar a sua melhor amiga e “braço direito”, de longas lides políticas, para o altar do sacrifício. Sabendo que na política há mais interesseiros do que altruístas não acredito que a sacrificada se imole para agradar ao deus Albuquerque sem este a compensar por tal sacrifício. Portanto julgo que após as Autárquicas de Outubro próximo iremos conhecer o verdadeiro lugar que Miguel Albuquerque reservou a Rubina Leal no Governo porque não acredito que esta ocupe o lugar de vereadora sem pelouro na CMF, no caso de perder as eleições, ou que ocupe o lugar de deputada na ALM depois de ter sido uma das mais proeminentes secretárias do Governo regional. A ver vamos como diz o cego! E porque a política também se faz de oportunismos registo o “milagre” das promessas de Albuquerque que, em vésperas de eleições, vêm do céu com o avião cargueiro e diluem-se no mar amainando as ondas onde o ferry vai navegar. Embora se saiba que o avião cargueiro não foi da iniciativa do Governo Regional mas da iniciativa privada entre uma parceria portuguesa e espanhola espero que mais tarde não venhamos a pagar a factura desta súbita e aparente benesse. Quanto ao ferry, após um concurso em cima da hora saberemos quanto irá custar ao erário público o cumprimento de promessas apressadas antes das eleições. Esta tem sido a prática dos sucessivos governos do psd-m que tem saído bem caro aos madeirenses.
Juvenal Rodrigues  


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