quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

UM CHARTER DE INTERROGAÇÕES

Antes de mais felicito os cerca de 50 jovens estudantes (veio algum do Porto?) mesmo com o atabalhoado fretamento do charter PT9117 tiveram a felicidade de passar o Natal junto das suas famílias. Como pai também já senti na pele quanto custa ter um(a) filho(a) a estudar no Continente. Todavia gostaria que todos, madeirenses e G.Regional, tirássemos as devidas ilações, para memória futura, já que este charter veio com metade da lotação mas cheio de interrogações. Operações de charme de última de hora e feita sobre o joelho dão sempre mau resultado. Já prometi que jamais deixaria de falar e só me calarei quando a TAP passar a praticar preços justos para não precisarmos destes remendos. A história da mobilidade já tem barbas mas as solução mas as soluções morrem à nascença e entretanto andamos a correr atrás do prejuízo com operações de recurso e confusas de última hora. Senão vejamos: este fretamento custou 30.000€ o que dividido por 170 lugares custaria, sem subsídio, 176€ por cada passageiro daí não se compreender como é que a TAP faz preços para a Alemanha ou Inglaterra a 39 €. Ou a TAP perde dinheiro para esses destinos o que para a Madeira é “proibido” ou mais uma vez estamos perante a estúpida exploração nas passagens dos madeirenses que mesmo com recurso a avião fretado, pagam sempre mais caro. Mesmo assim parece que o GR e a TAP deram um doce aos “coitadinhos” dos estudantes. Também não se compreende que para completar os lugar vazios, vende-se bilhetes, apenas de regresso. A questão é; o preço que os passageiros irão pagar será 32.50€ por uma ida ou pagarão 65€, preço estabelecido para ida e volta? Certamente chamar-me-ão abelhudo por estar a fazer contas à vida alheia mas estas interrogações são pertinentes uma vez que casos destes acontecerão no futuro pelo menos enquanto não se resolver o eterno problema da mobilidade. O dinheiro não cai do céu também não sai dos bolsos de nenhum governante, é fruto dos pesados impostos que pagamos e por isso não pode ser para operações de cosmética e gáudio de governantes que, para ficar bem na fotografia, fazem negociações inconsequentes apenas para mostrar que cumprem promessas como por exemplo a operação ferry novamente cheio de interrogações e custe quanto custar (a quem?) estará na Madeira no verão de 2018. Nisso falaremos mais tarde. Feliz natal
Juvenal Rodrigues

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