quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

O ANO EM REVISTA

 

O ano em revista

O ano aziago de 2020 está no seu términos e não deixará saudade, antes pelo contrário, uma indelével ferida pungente tal como deixou a peste negra na Europa entre 1347 a 1351 ou a gripe espanhola entre 1918 e 1920. Para os anais da história ficará os milhões de vítimas, os astronómicos milhões de prejuízos causados e os graves problemas sociais. Os velhos desta geração, em serões familiares ou em roda de amigos, contarão histórias alusivas e alguns lamentarão a fome e a morte de algum familiar ou um amigo vítimas deste autêntico naufrágio da humanidade. Ficará, também, uma referência à vacina da Pfaizer e BioNtech por terem sido desenvolvidas em tempo recorde como nenhuma outra em toda a história da medicina. Os nomes dos cientistas Dr. Ugur Sahin, a Drª Ozlem Tureci e Stephane Bancel que desenvolveram a vacina, depressa serão esquecidos uma vez que não são jogadores de futebol ou ténis. Será que os terráqueos compreenderão, finalmente, a diferença entre os cientistas que salvam vidas e os atletas que apenas servem de entretenimento e, colocarão o Mundo na ordem certa? Entretanto o avantesma Covd-19 já ameaça o Mundo com nova estirpe mas ainda há quem não acredite no primeiro.

Nelson Carvalho, diretor da UCAD, focou um problema premente (DN 11-12-20) que a todos deve preocupar o qual eu já alertei através das “cartas do leitor” (19-07-2013) com o titulo “operação All in”, para o perigo dos jogos online e offline através da internet, equivalentes a qualquer droga que cria uma terrível dependência com a agravante de entrar em qualquer casa através de um cabo de fibra ótica levando um Casino a cada um, aliciando velhos e novos que possuem um cartão de crédito. O diretor da UCAD disse ainda que isto era um problema da estrita responsabilidade da Assembleia da Republica mas eu não acredito que eles se atrevam a criar legislação contra o interesse dos“lobbys” e, tal como a droga, é preferível cair no esquecimento. A sociedade é que tem de mobilizar-se contra os interesses instalados e travar esta nova praga que trará muito mal ao Mundo por ganância desmedida.

A TAP, a nossa companhia de bandeira, nunca foi uma mais valia para o país, acumulando prejuízos anualmente e já há quem alvitre que teria sido melhor deixar nas mãos dos privados. Sinceramente acho que não, o dinheiro da TAP voa mais rápido que o avião, quer seja pública ou privada, e nós contribuintes acabamos, em qualquer caso, por arcar com os prejuízos, assim, mal por mal, é melhor que seja de todos os portugueses porque a pagamos.

O racismo um dogma inventado para criar instabilidade e vender jornais e imagens televisivas diferenciando raças, criando ódios e quezílias, chegou ao cúmulo de suspender um jogo de futebol (PSG x Istambul) para protestos antirracistas. Dado o protagonismo mediático, todo o mundo falou e cultivou-se ainda mais o ódio e a xenofobia. Porque não noticiam sem referir a cor da pele, raças ou credos? As únicas diferença que distinguem o ser humano é a cor da pele e uns são feios, bonitos, mais ou menos violentos ou mais ou menos corruptos mas isso é comum a todas as raças.

O Presidente do G.R, nas “100 maiores empresas” afirmou que Portugal tem nas suas Ilhas uma oportunidade, que no contexto democrático ainda não aproveitou. Será que o Dr. Miguel Albuquerque já parou para pensar que se a Madeira é útil a Portugal, este também é útil à Madeira? Que se não fosse Portugal com a adesão à U.E. a nossa região não passaria de um minúsculo ponto perdido no mapa Mundo? Quando atira balas de pólvora seca contra Lisboa lembrou-se de referir que Portugal também é credor, em 30%, da dívida da Madeira mas não anda a apregoar isso aos quatro ventos? Percebe que as estúpidas quzílias partidárias estragam com o desenvolvimento e coesão da nossa pátria e atrasam o nosso progresso? O Mundo reconhece-nos pela Bandeira das Quinas e não por qualquer governante ou partido. Bertrand Russel proferiu uma frase célebre:O problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas e os idiotas estão cheios de certezas.

2020 foi fertil em acontecimentos inenarráveis e pretendia passa-lo em revista mas apenas deu para mencionar alguns por manifesta falta de espaço. Continuaremos no próximo, pois prevejo que haverá muitas feridas sociais e mazelas a curar a nível da saúde, da economia e da política. Um feliz e melhor possível ano de 2021 para todos.

Juvenal Rodrigues

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