segunda-feira, 29 de agosto de 2016

UMA QUESTÃO DE TRANSPARÊNCIA| DNOTICIAS.PT



Diário de Notícias

Uma questão de transparência

 
Juvenal Rodrigues
4 comentários
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Só nesta década a Madeira sofreu várias catástrofes, foi o aluvião de 2010 e os 4  grandes  incêndios de 2010, 2012, 2013 e o mais recente de 2016. Em todos eles houve uma enorme onda de solidariedade proveniente das comunidades portuguesas espalhadas pelo Mundo, da República, (lei de meios) da U.E, de cidadãos anónimos e de várias instituições de solidariedade que abriram contas solidárias nos Bancos para ajudar a Madeira e as pessoas afetadas por essas catástrofes.
Até hoje os madeirenses ainda não sabem, em nenhum dos casos, qual o montante dos valores monetários entrados para esse fim, não sabem como foram geridos e sobretudo não sabem quanto e como foram aplicado (expecto a P. do Povo, claro. O que sabemos, por ex., é que pessoas afetadas no aluvião de 2010, passados 6 anos, ainda têm o seu problema por resolver. Já em Abril de 2010 eu alertei através de uma “carta do leitor”, publicada neste jornal, para essa falta de transparência. Reafirmo que esses valores monetários deveriam ser geridos com rigor e transparência e publicados para que os doadores, os afetados e a população, soubesse quanto e a quem foram atribuídos. Até hoje ninguém se preocupou em dar conta dessas verbas porque a verdade é que quando se trata de dinheiro o melhor, mesmo, é haver pouca ou nenhuma informação até que a coisa arrefeça e volte nova catástrofe. Claro que não estou a desconfiar de ninguém é apenas uma questão de transparência. Suponho que ninguém saberá dar explicações mas seria interessante saber, talvez houvesse muitas surpresas quanto ao destino dado a essas verbas.
Na minha simples opinião acho que faria todo o sentido os partidos com assento na ALM, que tanto pugnam pela transparência,  proporem uma Comissão de Gestão para esses valores, constituída por um elemento de cada partido, onde todas as verbas entradas para solidariedade fossem obrigatoriamente comunicadas a essa Comissão, fosse qual fosse a proveniência, assim como todos os valores distribuídos, a quem quer que fosse. Acho uma aleivosia , até mesmo uma ofensa, que os benfeitores que se prontificaram a ajudar, assim como os lesados, não saibam como e onde foram aplicados esses dinheiros destinados aqueles que tudo perderam. Espero que não haja mais nenhuma catástrofe nesta terra mas se houver e a transparência continue opaca, voltarei ao assunto.
 
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Comentários

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Pretende-se um fórum construtivo e de reflexăo, năo um cenário de ataques aos pensamentos contrários.
Cabe a cada instituição a apresentacao de contas, como desconheco essa transparencia, ajudo com o que posso e nunca com dinheiro.
Tenho o habito de recolher tampinhas de plastico e de as entregar num posto de recolha, nao e muito mas tambem nao custa nada, e sei o seu destino.
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Sem qualquer dúvida continuamos e continuaremos sem saber onde pára o dinheiro, visto que muitos dos afectados continuam à espera de ajuda. Para que não voltemos a cair na mesma dúvida e desconfiança, será que ninguém ou nenhuma entidade tem mão para exigir essa transparecia?
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Concordo com quase tudo, exceto a parte onde não desconfia de ninguém, pois o que não é transparente traz muitas desconfianças.
M.Gouveia
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Coberto de razao.

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