Que a saúde na RAM está num caos já todos percebemos o que não sabemos é como dar a volta à situação. Os madeirenses têm que exigir do Governo Regional uma explicação mas, mais do que isso, uma resolução rápida e eficiente porque a saúde, quer para o rico ou para o pobre, é o bem mais precioso e está a ser altamente negligenciado. Começando pelo sistema de triagem assistimos a um sacrifício desmesurado dos utentes que levam horas a fio à espera de serem atendidos nas urgências. As pessoas interrogam-se como e por quem é efetuado o sistema de triagem? será por profissionais de saúde com competência para tal avaliação? No dia 28.12.16 um amigo mostrava-me um SMS de um familiar que acompanhou a mãe ao serviço de urgência do Hospital, a qual deu entrada às 16h e só foi atendida (mal) 8 horas depois, por volta das 24h. No SMS ela, angustiada, reclamava que até os alcoolizados passavam à frente da mãe que se encontrava com fortes dores intestinais. É isto que eu e a maioria dos madeirenses questionam; como e quem, repito, avalia o grau de enfermidade dos pacientes que ali vão e lhe atribui a “pulseira? A nossa preocupação agudiza-se quando no dia seguinte o DN faz manchete sobre a convulsão na saúde da RAM ao ponto de levar o Conselho de Administração do SESARAM a demitir-se em bloco por não se reverem na escolha do novo Secretário, Pedro Ramos. A notícia refere ainda os 13 berbicachos que o Presidente do Governo, o Secretário da Saúde e o SESARAM deveriam já ter resolvida e até agora só pioraram ou pelo menos nada melhoraram. Entre eles destaco; a não redução das listas de espera, as altas problemáticas, o transporte de doentes, o controlo biométrico, as urgências, o bloco operatório e mais (ou menos?) profissionais. Não será tudo o que acabei de elencar uma fonte de preocupação para os madeirenses? Não será altura de rever as verbas atribuídas à saúde? Não será altura do povo exigir que os Deputados na A.L.Regional, num caso tão grave, dispam a camisola partidária e chamem o Dr. Miguel Albuquerque a explicar o caos em que a saúde, na RAM, mergulhou? P.S. Já depois desta carta escrita vim a saber que a paciente supracitada voltou mais 3 vezes às urgências para, só no sábado, 31.12 ser sujeita a uma intervenção cirúrgica para remover uma hérnia intestinal. Estes são verdadeiros casos de saúde pública que merecem mais cuidado dos profissionais de saúde.
Juvenal Rodrigues
É só robótica de bata branca no hospital. E só mudam para modo humano quando chega um conhecido ao seu território - sagrado - então, acendem-se os circuitos de um possível favorecimento e o utente é logo levado em braços para trás das cortinas...quem tiver as tripas de fora que às aguente bem, porque os unicos critérios para endintificar a gravidade de um doente são o seu estado febril e o seu estatuto político social. E quem reclamar muito ainda leva uma virose em resposta para casa. E a fita. Que é o diabo para tirar do pulso! }8=(
Está lindo, e ninguém mete ordem e acho que mudar de secretario não vai resolver nada, a culpa alguém tem de assumir e o responsável por esta vergonha e balda é o Presidente do Governo.
Miguel Albuquerque não se preocupa porque quando precisou de ir às urgências foi logo atendido e operado. Coitados são aqueles que ficam horas e horas (por vezes a sofrer) com uma pulseira no pulso mesmo que estejam quase a morrer.
Mas aqueles que com uma simples constipação vão a correr para as urgências também são culpados porque tiram o lugar a quem verdadeiramente necessita. Para esses existe a linha "Saúde 24"
Por isso concordo com o texto. Um eficaz sistema de triagem feito por quem perceba do assunto!
Está um caos ao nível de um país de terceiro mundo. Ninguém se responsabiliza e andam sempre a fazer remendos em vez de seleccionar o problema da saúde na RAM. A população ouve por aí que "falta material; falta recursos humanos, etc.". E falta, sem dúvida, mas só se dão realmente de conta quando tem de recorrer ao hospital, por motivos óbvios. Aí sim, percebem na vergonha que está a saúde na região e como este tipo de situações é recorrente. No caso dos Marmeleiros, já comentei aqui...só de ver o estado os doentes só podem ficar piores. É deprimente! Seja como for, "quem é que não acha que é o PSD-M que põe a Madeira em marcha?" Mais 40 anos, nós gostamos!
Os mamões de colarinho branco têm as suas clínicas privadas. Nem para uma visita sabem onde ficam os hospitais!
apesar de concordar parcialmente consigo, creio que não se deve julgar de animo leve a competência dos profissionais de saúde que efectuam a triagem dos doentes. é preciso ter em conta os inúmeros casos de "falsas urgências" que aí afluem. para "desentupir" o serviço de urgência no HNM, tem de existir serviços de atendimento permanente (8h-24h) ou urgente, em pleno funcionamento, nos centros de saúde localizados nas áreas populacionais que o justifiquem.

"Que a saúde na RAM está num caos já todos percebemos o que não sabemos é como dar a volta à situação..." Entendo o que quer dizer, percebo-o na perfeição, é perfeitamente possível "dar a volta a esta situação", mas não com estes atores políticos, sem estratégia, "tudo na gestão atual da saúde, é um faz de conta, tudo se resume a planificação avulso e em cima do acontecimento"...o social não pode nem deve estar "separado, nem dissociado" da estratégia pensada para um SRS, as situações assumem uma transversalidade que deve ser considerada, de forma nuclear.
A descentralização e a desconcentração só irá acontecer e ser uma mais valia, se o poder local contribuir e passar a ser um parceiro ativo, o trabalho em rede crucial...este ano 2017 temos 300M€ orçamentados, bastaria 2% deste orçamento para reforçar a capacidade de resposta e de mobilidade dos centros de saúde, os tais considerados "centrais"...a intervenção considerando uma terceira vertente de internamento em casa ou no domicilio, aliviaria em muito os hospitais, blindava e disciplinava o abandono hospitalar..., é preciso acabar com a entrada no sistema apenas pelos serviços de urgência quando temos centros de saúde, hospitais de dia e consulta externa... mas é preciso criar legislação adequada para isto e outras situações que oriente o SESARAM e o SRS a fazer um trabalho livre da nefasta influencia dos lobbys organizados na saúde...as listas de espera precisam de adequada regulamentação que faça respeitar e fazer cumprir os preceitos constitucionais...o acesso universal e o "tendencialmente gratuito" e se acabar de vez com a "caça ao cliente" que acontece no o publico que orienta para o privado, tornando os hospitais e o SRS uma oficina ao serviço da privada que assim se alimenta do orçamento regional para a saúde...á volta a dar, mas é preciso um secretário e um governo "com eles no lugar"...
Na minha opinião a SAUDE tem que ser gerida por GESTORES e nunca por médicos que chegaram ao topo da carreira.
Cada macaco no seu galho, se um gestor não pode dar consultas e fazer operações e ainda bem, porque não estudou para isso e nem tem COMPETENCIA, como é que um médico pode gerir um hospital ? Só pode dar em IMCOMPETÊNCIA.
Um médico quando chega ao topo tem muitos rabos de palha, depois NUNCA se consegue impor, NUNCA consegue tratar dos assuntos de modo a que os outros médicos façam o que devem fazer e para o qual recebem o vencimento, NUNCA faz o melhor para os doentes, há muitos interesses em jogo e o povo é que paga.
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