terça-feira, 3 de janeiro de 2017

CAOS NA SAÚDE DA REGIÃO

Que a saúde na RAM está num caos já todos percebemos o que não sabemos é como dar a volta à situação. Os madeirenses têm que exigir do Governo Regional uma explicação mas, mais do que isso, uma resolução rápida e eficiente porque a saúde, quer para o rico ou para o pobre, é o bem mais precioso e está a ser altamente negligenciado. Começando pelo sistema de triagem assistimos a um sacrifício desmesurado dos utentes que levam horas a fio à espera de serem atendidos nas urgências. As pessoas interrogam-se como e por quem é efetuado o sistema de triagem? será por profissionais de saúde com competência para tal avaliação? No dia 28.12.16 um amigo mostrava-me um SMS de um familiar que acompanhou a mãe ao serviço de urgência do Hospital, a qual deu entrada às 16h e só foi atendida (mal) 8 horas depois, por volta das 24h. No SMS ela, angustiada, reclamava que até os alcoolizados passavam à frente da mãe que se encontrava com fortes dores intestinais. É isto que eu e a maioria dos madeirenses questionam; como e quem, repito, avalia o grau de enfermidade dos pacientes que ali vão e lhe atribui a “pulseira? A nossa preocupação agudiza-se quando no dia seguinte o DN faz manchete sobre a convulsão na saúde da RAM ao ponto de levar o Conselho de Administração do SESARAM a demitir-se em bloco por não se reverem na escolha do novo Secretário, Pedro Ramos. A notícia refere ainda os 13 berbicachos que o Presidente do Governo, o Secretário da Saúde e o SESARAM deveriam já ter resolvida e até agora só pioraram ou pelo menos nada melhoraram. Entre eles destaco; a não redução das listas de espera, as altas problemáticas, o transporte de doentes, o controlo biométrico, as urgências, o bloco operatório e mais (ou menos?) profissionais. Não será tudo o que acabei de elencar uma fonte de preocupação para os madeirenses? Não será altura de rever as verbas atribuídas à saúde? Não será altura do povo exigir que os Deputados na A.L.Regional, num caso tão grave, dispam a camisola partidária e chamem o Dr. Miguel Albuquerque a explicar o caos em que a saúde, na RAM, mergulhou? P.S. Já depois desta carta escrita vim a saber que a paciente supracitada voltou mais 3 vezes às urgências para, só no sábado, 31.12 ser sujeita a uma intervenção cirúrgica para remover uma hérnia intestinal. Estes são verdadeiros casos de saúde pública que merecem mais cuidado dos profissionais de saúde.
Juvenal Rodrigues   

  • É só robótica de bata branca no hospital. E só mudam para modo humano quando chega um conhecido ao seu território - sagrado - então, acendem-se os circuitos de um possível favorecimento e o utente é logo levado em braços para trás das cortinas...quem tiver as tripas de fora que às aguente bem, porque os unicos critérios para endintificar a gravidade de um doente são o seu estado febril e o seu estatuto político social. E quem reclamar muito ainda leva uma virose em resposta para casa. E a fita. Que é o diabo para tirar do pulso! }8=(
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        Está lindo, e ninguém mete ordem e acho que mudar de secretario não vai resolver nada, a culpa alguém tem de assumir e o responsável por esta vergonha e balda é o Presidente do Governo.
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            Miguel Albuquerque não se preocupa porque quando precisou de ir às urgências foi logo atendido e operado. Coitados são aqueles que ficam horas e horas (por vezes a sofrer) com uma pulseira no pulso mesmo que estejam quase a morrer. 
            Mas aqueles que com uma simples constipação vão a correr para as urgências também são culpados porque tiram o lugar a quem verdadeiramente necessita. Para esses existe a linha "Saúde 24"
            Por isso concordo com o texto. Um eficaz sistema de triagem feito por quem perceba do assunto!
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                Está um caos ao nível de um país de terceiro mundo. Ninguém se responsabiliza e andam sempre a fazer remendos em vez de seleccionar o problema da saúde na RAM. A população ouve por aí que "falta material; falta recursos humanos, etc.". E falta, sem dúvida, mas só se dão realmente de conta quando tem de recorrer ao hospital, por motivos óbvios. Aí sim, percebem na vergonha que está a saúde na região e como este tipo de situações é recorrente. No caso dos Marmeleiros, já comentei aqui...só de ver o estado os doentes só podem ficar piores. É deprimente! Seja como for, "quem é que não acha que é o PSD-M que põe a Madeira em marcha?" Mais 40 anos, nós gostamos!
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                    Os mamões de colarinho branco têm as suas clínicas privadas. Nem para uma visita sabem onde ficam os hospitais!
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                        apesar de concordar parcialmente consigo, creio que não se deve julgar de animo leve a competência dos profissionais de saúde que efectuam a triagem dos doentes. é preciso ter em conta os inúmeros casos de "falsas urgências" que aí afluem. para "desentupir" o serviço de urgência no HNM, tem de existir serviços de atendimento permanente (8h-24h) ou urgente, em pleno funcionamento, nos centros de saúde localizados nas áreas populacionais que o justifiquem.
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                            "Que a saúde na RAM está num caos já todos percebemos o que não sabemos é como dar a volta à situação..." Entendo o que quer dizer, percebo-o na perfeição, é perfeitamente possível "dar a volta a esta situação", mas não com estes atores políticos, sem estratégia, "tudo na gestão atual da saúde, é um faz de conta, tudo se resume a planificação avulso e em cima do acontecimento"...o social não pode nem deve estar "separado, nem dissociado" da estratégia pensada para um SRS, as situações assumem uma transversalidade que deve ser considerada, de forma nuclear. 
                            A descentralização e a desconcentração só irá acontecer e ser uma mais valia, se o poder local contribuir e passar a ser um parceiro ativo, o trabalho em rede crucial...este ano 2017 temos 300M€ orçamentados, bastaria 2% deste orçamento para reforçar a capacidade de resposta e de mobilidade dos centros de saúde, os tais considerados "centrais"...a intervenção considerando uma terceira vertente de internamento em casa ou no domicilio, aliviaria em muito os hospitais, blindava e disciplinava o abandono hospitalar..., é preciso acabar com a entrada no sistema apenas pelos serviços de urgência quando temos centros de saúde, hospitais de dia e consulta externa... mas é preciso criar legislação adequada para isto e outras situações que oriente o SESARAM e o SRS a fazer um trabalho livre da nefasta influencia dos lobbys organizados na saúde...as listas de espera precisam de adequada regulamentação que faça respeitar e fazer cumprir os preceitos constitucionais...o acesso universal e o "tendencialmente gratuito" e se acabar de vez com a "caça ao cliente" que acontece no o publico que orienta para o privado, tornando os hospitais e o SRS uma oficina ao serviço da privada que assim se alimenta do orçamento regional para a saúde...á volta a dar, mas é preciso um secretário e um governo "com eles no lugar"...
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                                Na minha opinião a SAUDE tem que ser gerida por GESTORES e nunca por médicos que chegaram ao topo da carreira.
                                Cada macaco no seu galho, se um gestor não pode dar consultas e fazer operações e ainda bem, porque não estudou para isso e nem tem COMPETENCIA, como é que um médico pode gerir um hospital ? Só pode dar em IMCOMPETÊNCIA.
                                Um médico quando chega ao topo tem muitos rabos de palha, depois NUNCA se consegue impor, NUNCA consegue tratar dos assuntos de modo a que os outros médicos façam o que devem fazer e para o qual recebem o vencimento, NUNCA faz o melhor para os doentes, há muitos interesses em jogo e o povo é que paga.

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