domingo, 1 de dezembro de 2013

TÊM MEDO DE QUÊ




 No fim do pretérito mês de agosto, uma sondagem do “Expresso” e da “SIC” revelava as intenções de voto para as eleições Autárquicas de 29 de setembro, na Madeira, as quais davam 36.4% para o candidato do PSD-M Bruno Pereira, 28.8% para Paulo Cafôfo pela coligação Mudança, 24.8%  para José M. Rodrigues do CDS e 6.9% para Artur Andrade da CDU. Se a sondagem para os últimos três candidatos não me surpreendeu, o mesmo não posso dizer do candidato do PSD-M, ao serviço do Dr. Jardim e da Quinta Vigia,  que ainda consegue estar à frente nessas sondagens. Onde têm andado os madeirenses e o que é que aprenderam com estes 36 anos de má governação do PSD no Governo, nas Câmaras, nas Juntas de Freguesia, nas Casas do Povo, nos organismos desportivos, ou melhor, em tudo o que mexe na Madeira? Acaso estão satisfeitos com uma governação que levou a Madeira, à miséria, ao ostracismo, à bancarrota e até a perda da autonomia? Não tiveram tempo para comparar a governação dos Açores que hoje goza de uma melhor saúde financeira e política para bem da sua  população? Outro dado que me surpreendeu foi que, das 633 pessoas entrevistadas, 123 não aceitaram responder. Têm medo de quê? Acaso sabem que vivemos em democracia desde abril de 1974? Sabem que o voto é secreto? Sabem que as reformas, a saúde, a S. social são pagas (?) pela República e não é o PSD-M que lhes vai tirar essas, já poucas, regalias? Sabem ainda que até houve 6 partidos que, abdicando da sua ideologia política, das suas convicções pessoais e de candidatos próprios, se uniram e convidaram um independente sem filiação partidária, Paulo Cafôfo, que juntou uma equipa sem filiação partidária, que é como quem diz, sem vícios políticos, para formarem a coligação “Mudança? Não se sentem na obrigação de defender os vossos filhos e netos? Caros conterrâneos depois de tantos anos de péssima governação laranja ainda não é desta vez que apostam na mudança? Estão a pagar alguma promessa eterna a um partido corroído por dentro onde 49% odeia o “meio chefe” e os outros 51% apenas o suportam para conseguirem um lugar ao sol? Não estão fartos de prepotência e arrogância de um reles imitador de ditador que já não sai à rua sem uma “guarda pretoriana? Que vos enxovalha, humilha, injuria e vos trata por cachorros, patas rapadas, vadios e herbívoros (vacas e bois)? Sei que as pessoas mais humildes e mais necessitadas, aquelas que mais precisariam de ler este texto, não devem estar a fazê-lo mas é obrigatório que os vossos amigos e familiares, sobretudo os mais jovens, vos ensinem o que é uma mudança em democracia para não sofrerem, no futuro, as consequências do voto errado desta geração.
Juvenal Rodrigues  
Publicado no D.Notícias da Madeira em 6.10.13 em "cartas do leitor"

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