quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Palavras incendiárias

O senhor cónego Martins, pároco de Machico, quanto a mim, foi demasiado injusto na apreciação que fez ( Diário 19.8.10), há polícia de Machico no caso da detenção dos 4 jovens por fazerem uma queimada e fez acusações de certa gravidade que enxovalha a PSP, responsável pela ordem pública e defesa dos cidadãos. Se esta actua sempre bem é outra questão mas aí existem os tribunais para corrigir excessos. também tenho razão de queixa da PSP por alguma multa que eu considero injusta mas prefiro isso a uma anarquia.

Afinal a polícia apenas fez o seu dever de cumprir a lei e o tribunal pronunciar-se-á se os jovens são ou não culpados por má intenção, negligência ou, nem uma coisa nem outra. Julgo que o juiz terá em conta todas as atenuantes inerentes ao caso.

Dependendo de ser com boa ou má intenção, sendo jovem ou adulto, a verdade é que a lei proíbe queimadas sem a presença dos bombeiros, ponto final.

O sr. cónego afirma ainda que é hábito fazer essas queimadas na altura das festas porém, também é hábito fazer espetadas nas serras mas, diz a lei, que as pessoas que as fazem são responsáveis pelo que possa acontecer.

Não compete à polícia julgar se o acto praticado é ou não passível de ser levado à justiça porque se não abria-se um precedente grave para a polícia poder discriminar quem ia ou não perante o tribunal.

Muito me admira agora esta posição do cónego Martins originando uma verdadeira onda de opiniões controversas que, quanto a mim, ofende a polícia e os seus agentes mas quando a imagem de nossa senhora de Fátima foi a Machico e, não sei se por ordem de alguém, não visitou a paróquia da Ribeira Seca o sr. cónego Martins permaneceu mudo e calado num caso, esse sim, era da sua competência e dizia respeito, directamente, á sua área de acção. Uma pessoa na sua posição sabe perfeitamente que as sua palavras podem ser mais perigosas para um levantamento popular do que a queimada provocada pelos 4 jovens.

Entre popularidade e populismo vai uma enorme distância que é preciso saber destinguir.

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