sexta-feira, 10 de setembro de 2010

POPULAÇÃO CANSADA


POPULAÇÃO CANSADA

Nota-se, como nunca, um cansaço acentuado na população madeirense. Um cansaço de um Governo a ulular que, sem argumentos, faz da prepotência e arrogância um modo de governar. Cansados do “gordo” empresário truão do regime que espalha betão e alcatrão para que esse mesmo regime não perca eleições. De um Vice-Presid. do Governo que, na expectativa de cair nas boas graças do chefe e da população investiu cegamente em Parques Ind. e Sociedades de Desenv. que nem produzem para pagar os juros do investimento. De um Secretário que confunde a saúde e os incêndios sem resolver nem uma nem outros. De um Secretário das Finanças que, para não desagradar o chefe, está colocando a Madeira sob uma dívida monstruosa. De um Secretário que demonstra uma incapacidade total para resolver o desemprego preocupando-se apenas que o da Região não seja superior ao do Continente. Enfim, cansados de um poder inane e de uma classe de privilegiados que há 30 anos se instalaram há mesa do regime.

Pelas conversas de rua, pela troca de impressões nos convívios entre familiares e amigos, pelos comentários sociais provenientes de artigos de opinião, pelas “Cartas do Leitor” do Diário, pelos comentários online e até pelos comentários, imagine-se, nas festas das inaugurações com espetada e vinho seco, promovidas pelo PSD-M, é nítido esse cansaço. Pelo pulsar geral desta pequena sociedade dá para perceber, inequivocamente, que a população, exceptuado, claro, os incondicionais apoiantes que vivem á custa do poder instalado, tais como: Deputados do PSD-M, Pr.s de Câmaras municipais Pr.s De Juntas de Freguesia, (os tais que são lá colocados pelo Dr. Jardim) Pr. das Casas do Povo e até Pr.s de clubes de futebol, dizia eu, exceptuando estes e obviamente os seus familiares, os madeirenses em geral começam a dar sinais de que este Governo já não convence ninguém e por isso, embora não perca as eleições, não lhe vão confiar uma nova maioria absoluta. Se isto é um facto evidente na nossa sociedade também não é menos verdade que, aos olhos dos madeirenses, a oposição também não oferece confiança pelas suas “guerras de capelinha” e pelos “tiros nos próprios pés”. Daí o dilema de sempre. Por um lado é preciso castigar uma governação sem ideias válidas e que há muito deixou de governar mesmo tendo maiorias absolutas e por outro castigar uma oposição que não inspira confiança porque se mantém há vários anos num eterno “nim”! então EM QUEM VOTAR? Embora não sendo formado em ciências políticas prevejo, já nas próximas eleições regionais, um derramar de votos nos vários partidos da oposição numa tentativa de equilibrar os pratos da balança política. Eis a grande questão; então quais serão as vantagens para o Povo madeirense? Poucas, por agora, a não ser retirar uma maioria absoluta a este Governo solilóquio, sem nenhuma solução, para este impasse na governação e preparar uma viabilidade política para um próximo Governo seja do PSD-M ou de outro partido qualquer. Esta bela e pequena ilha, se não inverter rapidamente o rumo, deixará uma pesada herança aos nossos filhos e netos.

Juvenal Rodrigues

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